O governo da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, aprovou na última terça-feira (15) o projeto de Lei Orçamentária para 2025, que prevê intervenções de cerca de 30 bilhões de euros no decorrer do próximo ano.
Entre as principais novidades está um benefício de 1000 euros (R$ 6,1 mil) para pais de recém-nascidos com Indicador da Situação Econômica Equivalente (ISEE) de até 40 mil euros anuais (R$ 246,4).
Além disso, famílias maiores terão mais espaço para deduções fiscais.
O ISEE é um instrumento que avalia a situação financeira dos italianos, levando em conta renda, patrimônio e características do núcleo familiar. A quantia que será disponibilizada de forma única tem como objetivo cobrir as primeiras despesas de cada bebê.
Com a meta de levantar mais recursos para o orçamento, o projeto prevê que os Ministérios cortem 5% de suas despesas, com exceção dos fundos da Saúde, que vão aumentar.
“Como prometemos, não haverá novos impostos para os cidadãos. 3,5 bilhões de euros de bancos e seguradoras serão atribuídos aos cuidados de saúde e aos mais vulneráveis para garantir melhores serviços e mais próximos das necessidades de todos”, afirmou Meloni.
O texto também confirma cortes da cunha tributária, que é um cálculo que mede o custo tributário do trabalho, e de três níveis do imposto de renda para pessoas físicas (Irpef). As medidas renderão por volta de 14 bilhões de euros para a Lei Orçamentária do próximo ano.
Ainda em relação ao assunto, entre as medidas que são dadas como certas está a extensão da isenção fiscal para mães trabalhadoras que possuem dois ou três filhos.
O projeto também incentivará o emprego de jovens e mulheres, principalmente no sul da Itália. As pessoas que forem contratadas e concordem em viver em um local a mais de 100 quilômetros de distância da residência atual receberão benefícios adicionais.
Por fim, o bônus de reforma, que deduz 50% do Irpef para obras extraordinárias de restauração e manutenção na primeira residência dos italianos, será estendida para 2025, evitando que a redução fiscal caia para 36% a partir de janeiro. (ANSA)