Aposentar-se na Itália é um sonho para muitos, mas exige planejamento. Vistos, moradia, saúde, impostos e idioma são aspectos fundamentais para garantir uma transição tranquila.
Escolha do visto adequado
Se você é cidadão da União Europeia, pode residir e trabalhar na Itália sem restrições. Já para não europeus, a opção mais comum é o visto de residência eletiva, que exige comprovação de renda passiva. Esse visto não permite trabalhar no país.
Outras alternativas incluem o visto de investidor, que exige aplicação de pelo menos €250 mil em startups ou €2 milhões em títulos do governo italiano, e o visto de nômade digital, que requer renda anual mínima de €28 mil e algumas exigências específicas.
Escolha da moradia
Muitos aposentados compram uma segunda residência na Itália antes de se mudarem definitivamente. Se esse não é o seu caso, pesquise bem sobre regiões e cidades, visitando-as em diferentes estações do ano. Locais turísticos podem ser agitados no verão, mas desertos no inverno.
Se optar por uma área rural, avalie se precisará de carro e como seria sua rotina caso não pudesse dirigir no futuro.

Assistência médica
O acesso à saúde é fundamental. Para obter o permesso di soggiorno (permissão de residência), é necessário comprovar cobertura médica. Há duas opções: contratar um plano privado ou se inscrever no Serviço Nacional de Saúde (SSN).
O cadastro obrigatório no SSN é gratuito para alguns imigrantes. Caso contrário, há a inscrição voluntária, cujo custo mínimo subiu de €400 para €2.000 em 2024.
Aprendizado do italiano
A barreira do idioma pode ser um desafio. A Itália tem um dos níveis mais baixos de proficiência em inglês da Europa, o que torna essencial aprender o italiano. Conhecer a língua facilita tarefas burocráticas, a integração na comunidade e a experiência de vida no país.
Assistir a filmes e séries italianas com legendas e participar de cursos online são boas formas de começar.
Questões fiscais
A tributação na Itália é complexa e varia conforme o país de origem. Quem reside por mais de 183 dias no país é considerado residente fiscal e deve declarar renda global, incluindo pensões e aluguéis de outros países.
A Itália tem acordos para evitar bitributação com vários países, como Brasil, Estados Unidos e Reino Unido. No entanto, ainda assim, a obrigação de declarar os rendimentos persiste. Um especialista tributário pode ajudar a evitar problemas legais.