O ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, anunciou neste sábado (30) que suspenderá por mais 15 dias os voos vindos do Brasil.
A medida é para evitar a entrada da nova cepa que surgiu no norte do país.
O ministro italiano da Saúde, Roberto Speranza, anunciou neste sábado (30) que suspenderá por mais 15 dias os voos vindos do Brasil, para evitar a chegada da nova cepa que surgiu no norte do país.
A suspensão poderá ser renovada, disse um porta-voz do ministro. Segundo Speranza, o decreto também proíbe a entrada na Itália de todas as pessoas que estiveram no Brasil nos últimos dias 14 dias.
O ministro anunciou a decisão no Facebook e acrescentou que a Itália “continuará a acompanhar a situação com prudência“.
Flexibilização de medidas
A Itália decidiu nesta sexta-feira (29) diminuir as restrições contra o coronavírus em algumas regiões, apesar dos alertas de especialistas em saúde pública.
Apúlia, Sardenha, Sicília, Umbria e a província autônoma de Bolzano passarão a partir de domingo (31) ao nível de alerta “laranja” (risco médio), enquanto o resto do país passará para o nível “amarelo”, segundo o Ministério da Saúde.
O nível amarelo permite a abertura de bares, cafés e restaurantes durante o dia e flexibiliza circulação entre as regiões.
Além disso, os museus podem reabrir, mas apenas durante a semana.
A flexibilização contraria a tendência geral dos demais países europeus de implementar medidas mais severas.
A Organização Mundial de Saúde alertou na quinta-feira que é “muito cedo” para suspender algumas medidas, devido à presença “ainda muito elevada” do vírus. “Sim, a Itália vai contra a tendência geral”, reconheceu Walter Ricciardi, especialista em saúde pública e assessor do Ministério da Saúde sobre a pandemia.
Alta taxa de incidência
Segundo o especialista, as medidas restritivas adotadas na itália durante o Natal e o Ano Novo ajudaram a estabilizar os números do vírus, sem reduzi-los.
A Itália é um dos países mais afetados pelo coronavírus, com mais de 87.858 mortes e uma recessão recorde.
De acordo com o GIMBE, um grupo de especialistas independentes, a Itália registrou 799 casos de vírus por 100.000 habitantes entre 20 e 26 de janeiro – uma taxa de incidência que indica descontrole sobre a epidemia. (Com informações da AFP)