O Brasil foi o quarto país com o maior número de cidadãos que obtiveram a cidadania italiana em 2022, de acordo com uma nova análise da Fundação Ismu ETS baseada em dados do Eurostat.
No total, 11 mil brasileiros se tornaram cidadãos italianos por naturalização (casamento ou residência). O número deve ser ainda maior, pois o estudo não inclui os reconhecimentos por direito de sangue.
O número de brasileiros que se tornaram italianos em 2022 representou um aumento significativo em relação aos anos anteriores. Em 2021, por exemplo, o Brasil ocupava a sétima posição no ranking.
Origens dos novos cidadãos italianos
Em 2022, 213.716 pessoas que moram na Itália se tornaram italianas, um aumento de 76% em relação a 2021, quando 121.457 pessoas se tornaram italianas.
Os dados apresentados mostram ainda que, em 2022, os principais países de origem dos novos cidadãos italianos foram a Albânia (38 mil), o Marrocos (31 mil) e a Romênia (16 mil), representando, juntos, 40% do total de aquisições.
Como já citado, o Brasil ocupou a quarta posição, com 11 mil novos cidadãos, seguido pela Índia, Bangladesh e Paquistão, com um total de 20 mil novas aquisições em conjunto.
Aumentos significativos também foram observados em 2021 para brasileiros, moldavos e ucranianos, com um aumento significativo nas aquisições de cidadania.
Quase um milhão de novos cidadãos na Europa
Em todo o território da União Europeia, 989.940 cidadãos adquiriram a cidadania do país em que moram em 2022, o que representa um aumento de cerca de 20% (+163.100) em relação a 2021.
A Itália é a líder do ranking em termos absolutos de novas cidadanias (22% do total da UE), seguida pela Espanha (181.581 cidadanias, o que corresponde a 18% do total da UE) e Alemanha (166.640 cidadanias, 17% do total da UE).
Origens na Europa
Os principais países que originaram os novos cidadãos da UE foram Marrocos (112.700), Síria (90.400) e Albânia (50.300).
Perfil demográfico dos novos cidadãos
Metade dos novos cidadãos da UE tem menos de 31 anos, com uma idade média de 31 anos em 2022. A Grécia registra a menor idade média, onde metade dos novos cidadãos tem menos de 21 anos, enquanto Chipre apresenta a idade média mais alta, com 42 anos.
Mais detalhadamente, 39% das pessoas que adquiriram a cidadania de um país da UE em 2022 têm menos de 25 anos, 41% têm entre 25 e 44 anos e 20% têm 45 anos ou mais. Crianças menores de 15 anos representam 26% dos novos cidadãos da UE, com as maiores percentagens registradas na França (34%), Letônia (33%), Espanha (32%) e Bélgica (31%).
Uma população jovem de novos italianos
Dos que adquiriram a cidadania italiana em 2022, 26% são crianças com idades entre 0 e 14 anos. Se considerarmos também o grupo etário de 15 a 19 anos, isso abrange 37% de todas as aquisições.
Em termos de origem, a maioria das crianças de 0 a 14 anos que se tornaram italianas em 2022 são do Paquistão (44%), Bangladesh (42%), Egito (41%) e Marrocos (39%), enquanto as percentagens mais baixas são encontradas entre brasileiros (5%), argentinos (7%) e ucranianos (10%).