A Via Montenapoleone, no Quadrilátero da Moda de Milão, foi eleita como a rua de comércio de luxo mais cara do mundo, com aluguéis que chegam a 20 mil euros (R$ 122 mil) anuais por metro quadrado.
Endereço de marcas como Bottega Veneta, Cartier, Chanel, Dolce & Gabbana, Fendi, Ferragamo, Gucci, Hermès, Montblanc, Rolex, TAG Heuer e Versace, a Via Montenapoleone desbancou a Upper Fifth Avenue, de Nova York (EUA), com 19.537 euros (R$ 119 mil) anuais por metro quadrado, no ranking anual elaborado pelo grupo imobiliário Cushman & Wakefield.
É a primeira vez que uma cidade europeia aparece no topo do relatório “Main Streets Across the World” (“Principais Ruas do Mundo”), que monitora os aluguéis em 138 vias urbanas de varejo em diversos países.
Segundo o ranking, a ascensão da Via Montenapoleone reflete o crescimento de 30% nos aluguéis nos últimos dois anos, com o impulso extra da valorização do euro frente ao dólar americano em 2024.
A New Bond Street, em Londres (Reino Unido), com 17.210 euros (R$ 105 mil) anuais por metro quadrado, retorna ao terceiro lugar, superando Tsim Sha Tsui, em Hong Kong, com 15.697 euros (R$ 96 mil). A célebre Avenue des Champs-Élysées, em Paris (França), aparece em quinto lugar, com 12.519 euros (R$ 76 mil), enquanto a Rua Oscar Freire, em São Paulo (Brasil), é a 40ª colocada, após ter perdido duas posições no ranking, com 705 euros (R$ 4,3 mil).
“Milão seguramente se tornou uma marca global sinônimo de luxo”, comentou Thomas Casolo, responsável de varejo na Itália da Cushman & Wakefield. “Também pesaram na posição atual a abertura de novas lojas na área mais cobiçada do quadrilátero, entre as ruas Pietro Verri e Sant’Andrea, e também a dimensão da rua [Montenapoleone], concentrada em um espaço muito mais reduzido em comparação com as de Londres, Paris e Nova York”, acrescentou.
“Milão está se posicionando como uma das capitais europeias mais importantes desde a Expo 2015, capaz de atrair novos investimentos, turistas e moradores. Agora alcançou um primado indiscutível”, reforçou Joachim Sandberg, CEO do grupo imobiliário na Itália. (ANSA)