Uma médica italiana, na Sicília, que foi vacinada contra o Covid-19 há seis dias, foi diagnosticada com a doença, informaram as autoridades sanitárias da Itália.
Antonella Franco, diretora do Departamento de Doenças Infecciosas do hospital Umberto I de Siracusa, está entre os primeiros a serem imunizados no país. A vacina utilizada é a desenvolvida pela farmacêutica Pfizer em parceria com o laboratório alemão BioNTech.
“Tive resultado positivo para o Covid, mas tomariaa vacina novamente e farei o recall que representa a única grande oportunidade que temos de vencer essa batalha” disse a médica em entrevista publicada no Corriere.
A médica foi hospitalizada neste sábado (2) e está sendo acompanhada, mas não apresenta sintomas.
A hipótese é de que a contaminação não esteja correlacionada com a eficácia da vacina, porque a suspeita é de que o vírus já estava incubado antes da imunização.
O presidente do Conselho Superior de Saúde da Itália, Franco Locatelli, explicou neste domingo (3) que a proteção imunológica contra a infecção pelo vírus “só está completa após a administração da segunda dose da vacina anti-Covid-19”.
“Em artigos científicos é claramente relatado que mesmo em estudos clínicos as pessoas foram infectadas após a primeira dose, precisamente porque a resposta imunológica ainda não é completamente protetora. E só se torna assim após a segunda dose. Esse é um dos motivos para não abandonarmos o comportamento responsável após a vacinação”, alertou.
Todos em observação
Nos últimos dias, Antonella havia ido, junto com um primeiro grupo de pessoas pertencentes à equipe de saúde de Siracusa, até Palermo para a administração das doses do imunizante.
A atenção agora está voltada para todos que entraram em contato com a médica, inclusive aquelas que estavam no mesmo ônibus durante a viagem e outras que ela conheceu durante os procedimentos de vacinação.
Até o momento, não foram registrados outros casos semelhantes entre os profissionais de saúde da região.
De acordo com a Agência Italiana de Medicamentos (Aifa), a eficácia da vacina atualmente administrada na Itália foi demonstrada uma semana após a segunda dose.
“Embora seja plausível que a vacinação proteja contra a infecção, os vacinados e as pessoas que estão em contato com eles devem continuar a adotar medidas de proteção anti-Covid-19”, finalizou.
Com informações da Agência Ansa