A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, anunciou nesta terça-feira (12) que o governo está preparando um projeto de lei para regulamentar a inteligência artificial.
“[O texto] tem como objetivo estabelecer alguns princípios, determinar as regras complementares às do regulamento europeu que está em via de aprovação, e identificar as medidas mais eficazes para estimular o nosso tecido produtivo”, disse a premiê.
“Além disso, estamos trabalhando para identificar o organismo mais idôneo para desempenhar o papel de autoridade competente sobre o uso das tecnologias baseadas em inteligência artificial”, complementou.
As declarações foram dadas em um vídeo enviado ao congresso “A inteligência artificial para a Itália”.
“Acredito que deva existir uma via italiana à inteligência artificial, ao desenvolvimento e ao governo da inteligência artificial. Podemos construir esse caminho apenas com um grande apoio à pesquisa, à experimentação, às realidades produtivas que já existem na Itália e que obviamente precisam ser valorizadas.
É um objetivo ambicioso, que precisa de todo o sistema Itália”, afirmou.
Para Meloni, a inteligência artificial é “a maior evolução destes tempos”: “E também é o principal desafio que temos adiante. Vimos de um mundo em que o homem estava no centro e podia se concentrar em trabalhos de conceito e organização, a IA inverteu esse paradigma. Não é mais o trabalho físico que arrisca ser suplantado, é o intelecto humano, o que sempre tornou o homem insubstituível pela máquina”.
“É uma tecnologia que pode libertar todo o seu potencial positivo apenas se seu desenvolvimento ocorrer no perímetro de regras éticas que coloquem a pessoa e seus direitos no centro. Essa é a bússola que orientará nosso trabalho, começando pela presidência do G7”, garantiu Meloni.
A primeira-ministra também agradeceu ao banco de investimentos do governo italiano Cassa Depositi e Prestiti (CDP) que, segundo ela, permitirá aportes da ordem de 1 bilhão de euros no setor, criando um fundo de investimento especializado e usando fundos já ativos. (ANSA).