O chamado “Passe Verde” (Green Pass), que o governo de Roma quer pôr em vigor a partir de 6 de agosto, está dividindo os italianos.
Nos últimos dias, mais de 30 mil pessoas se manifestaram, de norte a sul de Itália, para protestarem contra o passe e reclamarem liberdade.
São cidadãos que contestam a vacinação e as medidas do governo e cujas posições contrastam com a dos empresários e comerciantes, dispostos a tudo para fazer voltar a vida do país à normalidade.
Segundo as autoridades, desde que, na quinta-feira, foi anunciada a decisão de introduzir o novo passe na vida social na Itália, os agendamentos de vacinas cresceram 200%.
O debate sobre o “Passe Verde” assumiu um papel central no parlamento, ameaçando minar a coligação no poder. Se, por um lado, o Ministro italiano do Interior condena as manifestações contra a vacinação; o líder da direita, Matteo Salvini, diz que os políticos deveriam respeitar e ouvir as vozes dos manifestantes.
O passe, que foi anunciado pelo primeiro-ministro italiano Mario Draghi e pelo ministro da Saúde Roberto Speranza, foi projetado para evitar que pessoas não vacinadas entrem em locais fechados ou lotados.
O passe estará disponível em formato de certificado digital ou papel e mostrará quantas vacinas uma pessoa recebeu, se ela teve resultado negativo em um teste de PCR nas últimas 48 horas, ou se ela se recuperou recentemente de Covid-19.
O passe permitirá que as pessoas que receberam uma dose entrem em locais fechados, como restaurantes e cinemas, e aqueles que têm duas doses, o acesso a locais de encontro lotados.