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Tajani critica ítalo-brasileiros: ‘só querem passaporte para ir a Miami’

Antonio Tajani durante discurso na Anci: críticas ao sistema de cidadania italiana por descendência.

Antonio Tajani durante discurso na Anci: críticas ao sistema de cidadania italiana por descendência | Divulgação/Anci
Antonio Tajani durante discurso na Anci: críticas ao sistema de cidadania italiana por descendência | Divulgação/Anci

Durante a 41ª Assembleia Anual da Anci (Associazione Nazionale Comuni Italiani), o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, criticou o sistema de reconhecimento de cidadania italiana pelo critério de jure sanguinis.

Tajani mencionou que muitos requerentes buscam a cidadania apenas pelo passaporte europeu, sem interesse em se conectar com a cultura italiana.

“Concedemos centenas de milhares de cidadanias a pessoas que podem provar um ancestral nascido após 1861. Muitas dessas pessoas não se importam em ser italianas. Querem apenas o passaporte para ir a Miami ou circular pela Europa sem problemas”, declarou Tajani nesta sexta-feira (22), em Turim.

Ouça a declaração:

Fraudes e sobrecarga nos pequenos municípios

O ministro também destacou problemas relacionados à fraude no processo de cidadania. Tajani afirmou que foram identificados casos de requerentes que utilizaram documentos falsificados para obter o reconhecimento, posteriormente revogado. “Conseguimos retirar a cidadania de cinco pessoas que usaram documentos falsos”, relatou.

Outro ponto levantado foi a sobrecarga nos pequenos municípios italianos, que muitas vezes precisam administrar um número de pedidos desproporcional à sua estrutura. Tajani citou um exemplo no Vêneto, onde uma cidade com 300 habitantes registra 1.500 cidadãos no Brasil. “Nenhum deles nunca visitou o município”, enfatizou.

Proposta de nova taxa nos processos administrativos

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Durante o evento, Tajani sugeriu mudanças no financiamento dos processos de cidadania italina. Atualmente, os consulados cobram uma taxa de 300 euros por pedido, mas a ideia é que os municípios italianos também passem a cobrar pelo serviço.

“Essa cifra deveria ser pelo menos dobrada para sustentar o esforço econômico necessário para os processos de cidadania”, sugeriu Tajani.

Ele também comentou sobre a via judicial, destacando que, se os municípios não processarem os pedidos administrativos, muitos requerentes recorrem à Justiça para garantir a cidadania, aumentando ainda mais a pressão sobre o sistema.

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