Em 2021, 20.400 brasileiros adquiriram a cidadania da Itália ou Portugal. Os dados foram revelados nesta quarta-feira (01/03) pela Eurostat, o Gabinete de Estatísticas da União Europeia.
Segundo a organização estatística da Comissão Europeia, 827.000 pessoas adquiriram a nacionalidade do Estado-Membro da União Europeia onde residiam, um aumento de cerca de 14% em relação a 2020 (+98.300 pessoas).
Os maiores aumentos nas aquisições em termos absolutos foram registrados na França (+ 43.900 cidadanias franceses concedidas em relação a 2020), Alemanha (+18.800), Espanha (+17.700), Suécia (+9.200) e Áustria (+7.200).
Em contraste, as maiores reduções foram observadas na Itália (-10.300 cidadanias italianas concedidas em comparação com 2020), Portugal (-7.600), Grécia (-3.200), Finlândia (-1.200) e Chipre (-800).
No total, em plena pandemia, foram 10 os países da UE que registaram um decréscimo no número de nacionalidades concedidas, segundo o Eurostat.
Tal como em 2020, a maioria (85%) dos que obtiveram a cidadania de um Estado-Membro da UE em 2021 eram anteriormente cidadãos de um país não pertencente à UE ou apátridas. Os cidadãos de outro país da UE representaram 13% do total de nacionalidades adquiridas.
Em 2021, à semelhança de 2020, os marroquinos constituíam o maior grupo entre os novos cidadãos da UE (86.200 pessoas, das quais 71% adquiriram a nacionalidade de Espanha ou França), à frente dos sírios (83.500, 70% adquiriram a nacionalidade da Suécia ou Holanda), e albaneses (32.300, 70% adquiriram a cidadania da Itália).
Os romenos (28.600, 33% adquiriram a cidadania da Itália) também faziam parte desta lista dos 10 primeiros destinatários da cidadania da UE, seguidos pelos turcos (25-700, 48% adquiriram a cidadania alemã), brasileiros (20.400, 65% adquiriram a cidadania de Portugal ou Itália), argelinos (19.300, 80% adquiriram a nacionalidade francesa), ucranianos (18.200, 37% adquiriram a nacionalidade polaca e italiana), russos (17.300, 45% adquiriram a nacionalidade alemã e francesa) e paquistaneses (16.600, 62% adquiriram cidadania da Espanha e Itália).
Os romenos (28.600 pessoas), polacos (12.500) e italianos (10.100) continuam a ser os três maiores grupos de cidadãos da UE a adquirir a nacionalidade de outro Estado-Membro da UE, inalterados em relação aos anos anteriores.
A maioria das novas cidadanias foi concedida pela Espanha (144.000; 17% do total da UE), França (130.400; 16%), Alemanha (130.000; 16%), Itália (121.500; 15%) e Suécia (89 400 ou 11%) representando 75% das novas cidadanias concedidas na UE em 2021.