O sobrenome italiano Cabrini tem origem do latim Cabrius, termo derivado da palavra celta Cabrach. Ele remonta ao ano 1300 e é muito comum na região da Lombardia.
Existem registros desse sobrenome no ano de 1347, quando um camponês romano chamado Nicola di Rienzo Cabrini se destacou e se tornou notário.
Na segunda metade do século 15, funcionava em Bologna uma oficina artesanal de mestres vidreiros Cabrini. Já em 1510, Francesco Cabrini nasceu na cidade de Alfianello, na província de Brescia, região da Lombardia, de família nobre, e se tornou sacerdote e diretor espiritual dos Padres da Paz.
Popularidade
O sobrenome Cabrini é típico da área que inclui os milaneses, como Bérgamo, Brescia, Cremasco e Lodi, e das províncias de Mântua, Reggio, Parma e Piacenza.
De acordo com o site italiano Cognomix, existem aproximadamente 815 famílias Cabrini na Itália, com predominância nas regiões da Lombardia, Emilia-Romagna e do Veneto.
Distribuição geográfica do sobrenome na Itália:
O sobrenome Cabrini é o 577º mais popular na região da Lombardia, sendo o 43º mais comum na província de Lodi e o primeiro colocado entre os sobrenomes registrados na cidade de Ponte Nossa, na província de Bérgamo.
De acordo com o site Forebears, depois da Itália, os países onde o sobrenome Cabrini é mais comum são Brasil, Argentina, Estados Unidos e França.
Cabrini no Brasil
Em 23 de janeiro de 2000, o jornal Folha de São Paulo publicou uma reportagem, assinada pelo jornalista Otávio Cabral, em homenagem ao aniversário da cidade de São Paulo, que é comemorado todo dia 25 de janeiro.
Ele conta que São Paulo iniciou o século 20 com 240 mil habitantes e entre 1900 e 1920 a população dobrou, muito por conta da imigração italiana. No texto, o jornalista diz que o médico Giuseppe Cabrini ouviu muitas histórias daquele período.
“Seu avô chegou a São Paulo em 1901, vindo de Verona. Passou dois meses na famosa Hospedaria do Imigrante, no Brás. Trabalhou no porto de Santos por dois anos e voltou a São Paulo em 1903 para trabalhar em uma indústria de sacos para café. Com o crescimento da cidade, abriu uma venda no Brás. O comércio e o café davam dinheiro e mudavam a cara da cidade”.
A matéria revela que na época que o nonno Cabrini chegou a São Paulo, o italiano era a língua mais falada na cidade. Havia dois italianos para cada brasileiro.
Personalidades
A principal personalidade brasileira com o sobrenome Cabrini, sem dúvida alguma, é o jornalista Roberto Cabrini, 61 anos, que trabalhou durante muitos anos na TV Globo, depois passou por Rede Bandeirantes, SBT e hoje está na RecordTV.
Ele iniciou sua carreira como repórter esportivo, se notabilizou por grandes coberturas internacionais e hoje se destaca por entrevistas exclusivas e ousadas, que rendem grande repercussão.
Na história da humanidade, a personalidade mais famosa foi a freira Francisca Xavier Cabrini, que nasceu em 1850 na cidade de Sant’Angelo Lodigiano, na Lombardia, e se tornou santa canonizada em 1946 por Pio XII.
Ela foi professora e Madre Superiora no orfanato Casa da Providência em Codogno, onde também era professora e, mais tarde, foi para os Estados Unidos e se tornou cidadã norte-americana em 1909.
A santa, padroeira dos emigrantes, morreu em Chicago em 1917 e seus restos mortais estão na Escola Madre Cabrini, em Nova Iorque.
Cabrini campeão mundial
No mundo do futebol, o representante mais famoso da família é Antonio Cabrini, 64 anos, zagueiro titular da seleção da Itália campeão da Copa do Mundo da Espanha em 1982.
Naquela seleção, ele atuava ao lado do atacante Paolo Rossi, citado no primeiro capítulo da série Sobrenome Italiano e foi um dos jogadores da Squadra Azzurra na “Tragédia do Sarriá”.
Foi assim que ficou conhecida a partida entre Itália e Brasil, no Estádio Sarriá, que terminou com vitória italiana por 3 a 2. O jogo ganhou essa fama porque o Brasil de Zico, Sócrates, Júnior, Falcão e companhia era o favorito a ganhar o mundial. Os três gols foram marcados por Paolo Rossi.
O zagueiro Antonio Cabrini jogou pela Juventus de Turim entre 1976 e 1989 e se aposentou no Bologna em 1991. Ele atuou também nas Copas de 1978 e 1986. Depois de aposentado, foi treinador e hoje é comentarista de futebol na televisão.
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