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Sobrenome italiano

Martinelli, sobrenome de guerreiros e artistas

Nome de família popular na Idade Média viajou o mundo e segue como referência em vários setores

sobrenome italiano Martinelli
Martinelli, sobrenome de guerreiros e artistas

O sobrenome italiano Martinelli tem origem no cognome latino Martinus, de martius ou martinici, que significa “homem belicoso ou guerreiro”, referência a Marte, o deus da guerra dos romanos (em latim, Mars ou Martis).

Esse nome de família se tornou muito popular na Idade Média devido ao culto a san Martino di Tours (São Martinho de Tours; 316-97). Um outro significado do termo latino Martius, que deu origem ao sobrenome, seria “dedicado a Marte”.

O sobrenome Martini também tem origem no cognome Martius. Existem muitas variações e nenhuma ligação entre as famílias que adotaram diferentes formas do nome originado pelo nome do ascendente, tais como De Martini, De Martino, Martinotti e Martinoni e Martinela (ou Martinella), entre outras.

Brasão da família

Popularidade

O sobrenome Martinelli é difundido em toda a Itália peninsular, com maior concentração nas regiões da Lombardia, Toscana e Emilia-Romagna.

A variante Martinella, bastante rara, tem alguma presença no alto Piemonte e na província de Udine.

Segundo o site italiano Cognomix, existem aproximadamente 8837 famílias com o sobrenome Martinelli na Itália. São 2800 na Lombardia. 1237 na Toscana e 990 na Emilia-Romagna.

Martinelli é o 27º sobrenome mais popular na Lombardia, o 5º na província de Lucca, que fica na região da Toscana, e o mais popular na cidade de Valdidentro, que fica na província de Sondrio, região da Lombardia.

Segundo o site Forebears, os cinco países onde o sobrenome Martinelli é mais popular são Itália, Brasil, Estados Unidos, Argentina e França.

Martinelli no Brasil

A família Martinelli chegou ao Brasil no final do século 19, junto ao fluxo de milhares de imigrantes italianos que vieram para o país em busca de melhores condições de trabalho.

Entre 1874 e 1896, 71 imigrantes com esse sobrenome, incluindo treze chefes de família, chegaram ao Espírito Santo. O primeiro a chegar foi o padre Domenico Martinelli, vindo de Trentino-Alto Ádige no navio La Sofia, em 17 de fevereiro de 1874.

Ele se dirigiu à fazenda Santa Cruz, propriedade do italiano Pietro Tabacchi, que estava no Brasil desde 1850 e foi responsável pela “Expedição Tabacchi”, que iniciou a imigração italiana no Espírito Santo.

Em 30 de maio de 1875 chegou a família de Giorgio Martinelli, com destino a Santa Leopoldina, também no Espírito Santo. Ao Rio Grande do Sul chegou, entre outras, a família de Giuseppe Martinelli, em 22 de maio de 1877.

Em São Paulo, o empresário Giuseppe Martinelli (1870-1946) chegou em 1893. Ele foi o responsável pela construção, na década de 1920, do Edifício Martinelli, primeiro arranha-céu paulista.

Destaque do Arsenal leva o nome mundo afora

Martinelli famosos

Entre as personalidades com esse sobrenome está o jogador de futebol Gabriel Martinelli, 21 anos, atacante que joga atualmente no Arsenal da Inglaterra. Começou sua carreira no Ituano e logo se transferiu para a Europa, onde ganhou grande destaque.

Nascido em Guarulhos-SP, ele é brasileiro e possui cidadania italiana. Em 2019, chegou a ser procurado pela Seleção Italiana para a disputa da Euro-2019.

Tem atuações pela Seleção Brasileira Sub-18 e Sub-23 e foi campeão nas Olimpíadas de 2020, atuando ao lado de jogadores como Richarlison, Antony, Bruno Guimarães e Gabriel Menino.

Outra personalidade é o ator André Martinelli, 34 anos, que ganhou destaque nacional após participar do Big Brother Brasil 13, programa exibido pela TV Globo. Ele também é modelo, empresário, apresentador, coach e digital influencer. Participou de outros programas da Globo, como No Limite.

Giovanni Martinelli, tenor italiano que marcou época

Lenda da ópera

Por fim, o italiano Giovanni Martinelli (1885-1969), nascido na cidade de Montagnagna, no Vêneto, foi um tenor associado com o repertório lírico-dramático e performances de óperas francesas.

Ele foi um dos mais famosos tenores do século 20, com uma longa carreira no Metropolitan Opera, em Nova York, cidade dos Estados Unidos onde morou até o final de sua vida.

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