O diretor-geral da Italian Trade Agency (ICE-ITA), Lorenzo Galanti, afirmou na última quarta-feira (9) que o Brasil é um mercado importante na América Latina, mas destacou que é possível “fazer mais” para ampliar o comércio bilateral com a Itália, que totalizou 10 bilhões de euros (R$ 61 bilhões) em 2023.
“É uma cifra notável, mas não à altura de dois países como Brasil e Itália, que, em termos de PIB nominal, têm grandezas semelhantes.
Podemos fazer mais”, declarou o executivo durante o Fórum Itália-Brasil, organizado pelo ICE e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e que teve a presença dos ministros das Relações Exteriores italiano, Antonio Tajani, e da Casa Civil brasileiro, Rui Costa.
“Mas já vemos sinais de retomada nos primeiros sete meses de 2024, quando as exportações italianas ao Brasil cresceram 10,1% “, disse Galanti.
O resultado foi puxado sobretudo pelo setor de maquinários, mas também por produtos agroalimentares. “Também somos muito ativos nos vinhos, com crescente satisfação”, salientou. Por outro lado, as exportações brasileiras para a Itália se mantiveram “relativamente estáveis” no período.
“O ICE quer reforçar as ações de apoio às pequenas e médias empresas italianas neste mercado porque enxergamos grandes oportunidades, que podem aumentar na perspectiva de um acordo entre União Europeia e Mercosul”, declarou o diretor da Italian Trade Agency
Esse esforço, segundo ele, engloba toda a América Latina, que importa 20 bilhões de euros (R$ 122 bilhões) em produtos italianos por ano, cifra “que também não está à altura do potencial”. (ANSA)