O ator Reynaldo Gianecchini é um dos artistas mais consagrados da televisão, cinema e teatro no Brasil. Com um sobrenome típico da região da Toscana, ele é mais um ítalo-brasileiro de sucesso no país.
Reynaldo Fernandes Cisotto Gianecchini Júnior nasceu em Birigui, no interior do estado de São Paulo, no dia 12 de novembro de 1972. Filho de Reynaldo Cisotto Gianecchini e de Heloisa Gianecchini, iniciou sua carreira como modelo em 1991 e participou de desfiles de moda até 1998.
Ele se formou em Direito pela PUC de São Paulo em 1997, mas não prestou o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e não chegou a exercer a profissão.
Reynaldo Gianecchini estreia no teatro
Sua estreia como ator foi pelas mãos do consagrado diretor José Celso Martinez Corrêa, que o dirigiu nos espetáculos Cacilda (1998) e Boca de Ouro (1999).
Em 2001, Reynaldo Gianecchini trabalhou com outro diretor de teatro consagrado, Gerald Thomas, que o dirigiu na peça O Príncipe de Copacabana.
Naquela época, o ator já tinha atuado em sua primeira novela, Laços de Família, que foi ao ar na TV Globo no ano 2000. Ele viveu o personagem Eduardo, jovem médico recém-formado que se envolve em um triângulo amoroso com Helena (Vera Fischer) e Camila (Carolina Dieckmann), mãe e filha.
Críticas e volta por cima
Em seguida, ele participou da novela As Filhas da Mãe, como Ricardo, homem que descobre uma paixão pelo amigo de trabalho Dagmar (Cláudia Gimenez), que depois vem a saber que na verdade era uma mulher.
Esse início na televisão foi marcado por muitas críticas ao seu trabalho como ator. Com o tempo, Reynaldo Gianecchini foi estudando e ganhando experiência e assim passou a ter atuações mais consistentes.
Em 2002, protagonizou a novela Esperança, ao lado de Priscila Fantin e Ana Paula Arósio, e recebeu o Prêmio Master de Melhor Ator pelo trabalho. Simultaneamente, participou do filme Avassaladoras, no papel do Don Juan Thiago.
Mais novelas e mais prêmios
Em 2003, fez uma participação especial no último capítulo da novela Mulheres Apaixonadas. No ano seguinte, protagonizou a novela Da Cor do Pecado, vivendo os gêmeos Paco e Apolo. A obra fez muito sucesso e Gianecchini recebeu o Prêmio Contigo de Melhor Ator.
Em 2005 o ator viveu o melhor momento de sua carreira até então, quando encarnou o atrapalhado mecânico Paschoal, de Belíssima, mostrando versatilidade e uma veia cômica inédita até então.
Papéis no cinema
Nos anos seguintes, protagonizou a peça Vossa Excelência, o Candidato (2006) e a novela Sete Pecados (2007), ao lado das atrizes Priscila Fantin e Giovanna Antonelli. No mesmo ano encarnou no cinema o personagem que na televisão foi vivido por Tony Ramos, o Jorge do filme Primo Basílio.
No cinema, viveu ainda o protagonista do filme Entre Lençóis, ao lado de Paolla Oliveira. No longa-metragem, ele vive o personagem Roberto, que conhece uma mulher na véspera de seu casamento e tenta convencê-la a não se casar.
Reynaldo Gianecchini na telinha
Entre 2010 e 2011 esteve no elenco da novela Passione, da TV Globo, interpretando o vilão Frederico. Esse foi um dos papéis mais importantes da trajetória do ator, que fazia par romântico no início da trama com a personagem Clara, vivida por Mariana Ximenes.
Em 2012, voltou às novelas em Guerra dos Sexos, seu quarto trabalho com Silvio de Abreu. Gianecchini viveu Nando, um ingênuo motorista que ganhou grande destaque ao longo da trama.
Em 2014, interpretou o cozinheiro Cadu na novela Em Família, de Manoel Carlos. Na trama, ele viveu seu quarto par romântico com Giovanna Antonelli, que interpretou Clara, esposa que abandonou o marido para viver um relacionamento com outra mulher.
Vilão na novela
Em 2015, Reynaldo Gianecchini interpretou o vilão Anthony em Verdades Secretas. No ano seguinte, foi o protagonista Pedro Guedes Leitão na novela A Lei do Amor.
Em 2019 protagonizou ao lado de Juliana Paes, Agatha Moreira e Marcos Palmeira, a novela A Dona do Pedaço, na pele do playboy Régis.
Em 2022, Reynaldo Gianecchini teve uma atuação muito elogiada na série Bom Dia, Verônica, na qual vive o vilão Mathias, um líder religioso que utiliza a fé das mulheres para cometer abusos sexuais.
Vida pessoal de Reynaldo Gianecchini
Reynaldo Gianecchini foi casado com a jornalista, atriz e apresentadora Marília Gabriela. Os dois se conheceram em 1998 e cinco meses depois estavam morando juntos. A relação sempre foi preservada por ambos em entrevistas. A diferença de idade entre eles – ela é 24 anos mais velha – foi alvo de muitos comentários maldosos. Eles terminaram o relacionamento em 2006.
Reynaldo Gianecchini teve rápidos romances com a atriz Christiane Alves e com a promoter Eloísa Alencar. Recentemente, o ator declarou possuir uma sexualidade fluida, tendo vivido romances com mulheres e homens.
Morte do pai e doença
O pai do ator, Reynaldo Cisotto Gianecchini, morreu em outubro de 2011, vítima de um câncer no sistema digestivo. No mesmo ano, Reynaldo Gianecchini descobriu ser portador de um linfoma não Hodgkin, do tipo linfoma de células T angioimunoblástico.
Naquele ano, aos 38 anos, ele foi submetido a uma sessão de quimioterapia no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para tratamento da doença.
Sua vida foi relatada pelo jornalista Guilherme Fiuza na biografia Giane — Vida, arte e luta, de 2012.
Sobrenome
O sobrenome de Reynaldo Gianecchini foi “aportuguesado” em cartórios brasileiros, já que o original italiano se escreve Giannecchini, com um “n” a mais.
Segundo o site Cognomix, esse sobrenome é derivado por alterações de dialeto do nome Giovanni.
O sobrenome Giannechinni é toscano, típico da província de Lucca. Existem aproximadamente 566 famílias com esse sobrenome na Itália, sendo as regiões com maior predominância Toscana (529), Liguria (11) e Lombardia (6).
O sobrenome Giannecchini é o 405º em popularidade na região da Toscana, o 16º na província de Lucca e o mais popular na cidade de Pescaglia, localizada na província de Lucca.