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Portugal muda lei, e brasileiro poderá entrar como turista no país e pedir residência

Em meio à alteração, Parlamento impôs derrota ao governo ao votar contra criação de polícia de estrangeiros

Portugal muda lei, e brasileiro poderá entrar como turista no país e pedir residência | Foto: Depositphotos
Portugal muda lei, e brasileiro poderá entrar como turista no país e pedir residência | Foto: Depositphotos

A Assembleia de Portugal aprovou, nesta sexta-feira (20), uma modificação na Lei de Estrangeiros que vai facilitar a vida de quem quer migrar para Portugal vindo dos Estados membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), grupo do qual o Brasil faz parte.

Quando a alteração na lei entrar em vigor, após sanção do presidente Marcelo Rebelo de Sousa, cidadãos do Brasil e do Timor-Leste poderão entrar como turistas em Portugal e solicitar a autorização de residência à Aima (Agência para a Integração, Migrações e Asilo).

Já os cidadãos dos demais países da comunidade precisarão de vistos de entrada em território português, para, então, requererem a residência. O canal CPLP é semelhante à Manifestação de Interesse, processo de regularização extinto em junho.

A nova versão do artigo 75 da Lei de Estrangeiros altera de um para dois anos o prazo de validade dos títulos de residência CPLP. E mais: as autorizações serão emitidas em cartões de plásticos, como os demais documentos de estrangeiros —hoje, estão em folhas de papel A4.


Legisladores portugueses votam pelo orçamento de 2025 no Parlamento, em Lisboa | Foto: Patricia de Melo Moreira/AFP
Legisladores portugueses votam pelo orçamento de 2025 no Parlamento, em Lisboa | Foto: Patricia de Melo Moreira/AFP

Depois de enviada a nova versão da lei pelo Parlamento ao presidente, ele terá 20 dias para assiná-la. Caso considere necessário, poderá enviá-la para avaliação do Tribunal Constitucional —o equivalente ao STF (Supremo Tribunal Federal) no Brasil— nos primeiros oito dias. Mas os 20 dias não começam a contar já. Antes, a modificação na lei voltará à comissão do Parlamento que fez a discussão sobre o tema para a redação final.

Após todo esse processo, a Aima terá de abrir o cadeado que mantém em sua página desde 2022 para que os cidadãos da CPLP possam requerer a autorização de residência já estando em solo português.

Em meio à votação da alteração na Lei de Estrangeiros houve uma derrota para o governo, minoritário no Parlamento. A proposta de criação de uma unidade de polícia de estrangeiros foi rejeitada em plenário pelos deputados depois de já ter sido rejeitada na Comissão de Direitos, Liberdades e Garantias nesta semana.

Se aprovada, a Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras daria superpoderes à Polícia de Segurança Pública para interpelar migrantes nas ruas, prender indocumentados e deportá-los de Portugal. A proposta foi considerada muito radical pelos deputados.

Com o aval da Assembleia da República, esta será a 17ª mudança na Lei de Estrangeiros. A votação, por sinal, provocou um momento pouco claro para quem não está acostumado com o funcionamento do Parlamento português. Foram necessárias quatro votações, quando o regimento do Legislativo fala em duas etapas de análise pelos deputados. (Folhapress)

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