A Corte de Cassação de Roma, terceira e última instância da justiça italiana, julgará o caso Robinho em uma audiência no dia 19 de janeiro, a partir de 10 horas.
O julgamento será centrado no recurso apresentado pela defesa do jogador, que tenta mudar a condenação a nove anos de prisão por crime de violência sexual em grupo – Ricardo Falco, amigo de Robinho, também foi condenado.
Os dois e mais três pessoas, que não foram identificadas pela Justiça italiana, abusaram sexualmente de uma jovem albanesa na casa noturna Sio Café, em Milão, no dia 22 de janeiro de 2013.
Na época do crime, o atacante estava na terceira de quatro temporadas que fez com a camisa do Milan, e ainda era presença frequente nas convocações da seleção brasileira.
A sentença deve sair no mesmo dia e será definitiva, sem possibilidade de recurso.
Caso a condenação seja confirmada, a justiça italiana poderá pedir a extradição do atacante. A Constituição Federal brasileira, porém, veta a extradição de brasileiros natos.
Outra alternativa seria um pedido para que Robinho cumpra a pena de prisão em território brasileiro.
O caso será analisado por um colégio de cinco juízes, incluindo o presidente da Corte, da terceira sessão penal. Assim como na primeira e na segunda instâncias, a audiência será pública.
Robinho admitiu ter mantido relação sexual com a vítima, cujo nome não foi divulgado, mas negou as acusações de violência sexual, quando foi interrogado, em 2014.
Ele não compareceu a nenhuma das audiências nos quase seis anos de julgamento.
O processo, que iniciou em 2016, teve a sentença de primeiro grau proferida em 23 de novembro de 2017. Em 20 de dezembro de 2020, a corte de Apelação de Milão, segunda instância da justiça italiana, em uma única e breve audiência, confirmou a condenação do atacante e de Falco a nove anos de prisão. (Uol)