O presidente Sergio Mattarella visita nesta terça-feira (16) áreas afetadas pelas inundações no Rio Grande do Sul, a pequena Itália do outro lado do Atlântico, onde ainda se fala o dialeto talian e onde a geografia brasileira leva nomes de cidades venezianas, lombardas e friulianas.
É aqui que o chefe de Estado poderá ver em primeira mão a utilização de parte das 30 toneladas de material humanitário (tendas, purificadores de água, medicamentos, suprimentos médicos) enviadas pela Itália no fim de maio a bordo de um B-767 que decolou da base de ajuda humanitária da ONU de Brindisi com destino ao aeroporto militar de Canoas.
A iniciativa foi organizada e financiada pela Direção-Geral de Cooperação e Desenvolvimento do Ministério das Relações Exteriores, em colaboração com o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas, por indicação do chanceler Antonio Tajani.
Parte desses itens se encontra no Centro Recomeço, em Canoas, na região metropolitana da capital Porto Alegre, uma das áreas mais atingidas pelas enchentes que desfiguraram um estado onde 40% da população é descendente de italianos.
O espaço, gerido pela Organização Internacional para as Migrações (OIM) e destinado a acolher 630 pessoas, garantindo assistência a famílias que perderam tudo nas cheias, será visitado nesta terça por Mattarella, após sua passagem por Brasília.
A presença do presidente renova a mensagem de solidariedade e amizade da Itália em relação ao Brasil, gesto pelo qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva agradeceu ao país europeu na última segunda-feira (15).
Em sua visita ao Rio Grande do Sul, onde os imigrantes italianos também estabeleceram empresas de sucesso e o cultivo das vinhas, Mattarella será acompanhado pelo governador Eduardo Leite, pelo ministro extraordinário de Apoio à Reconstrução, Paulo Pimenta, pelo embaixador italiano no Brasil, Alessandro Cortese, e pelo cônsul-geral em Porto Alegre, Valerio Caruso. (ANSA)