Foragido, o italiano foi condenado à prisão perpétua por quatro assassinatos e envolvimento com o terrorismo.
A Polícia Federal procurou o italiano Cesare Battisti nas embaixadas de Bolívia e Venezuela, após ele ter fugido de sua casa em Cananeia (SP) por conta da decisão do ex-presidente Michel Temer de extraditá-lo.
A informação é do jornal O Estado de S. Paulo, que diz que a PF questionou as duas representações diplomáticas se elas estariam dando abrigo a Battisti. Ambas negaram.
Ainda de acordo com o diário, os investigadores também apuram uma informação de que o italiano estaria na Amazônia.
O objetivo da PF, segundo o Estadão, é não falar publicamente sobre o assunto e passar a sensação de que o italiano não está sendo procurado, o que poderia levá-lo a “cometer falhas”.
A Polícia Federal também já cogitou que ele tenha fugido do país. Temer decretou a extradição de Battisti em dezembro passado, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux autorizá-lo a rever o asilo concedido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O italiano foi condenado em seu país de origem à prisão perpétua por quatro assassinatos cometidos na década de 1970 e envolvimento com o terrorismo.
Forças internacionais ajudarão a encontrar Battisti
O delegado-geral da Polícia Federal (PF), Rogério Galloro, afirmou que o italiano Cesare Battisti será localizado em breve. Mesmo que tenha deixado o território brasileiro.
“Acredito sim que ele vai ser encontrado. Não sei se em território brasileiro, mas ele será encontrado”, declarou Galloro ao participar, em Brasília, da divulgação do balanço das realizações do Ministério da Segurança Pública.
“Os protocolos de busca para fugitivos internacionais foram todos acionados. Já acionamos a diversas polícias internacionais, inclusive a Interpol. Temos algumas pistas cujos detalhes, obviamente, não posso adiantar”, comentou Galloro, revelando que mais de 32 operações já foram realizadas para tentar localizar o fugitivo. “A PF já prendeu Cesare Battiti três vezes. Todas as vezes ele foi liberado”, lamentou o delegado federal.