A chanceleria da Alemanha confirmou nesta sexta-feira, 19, que a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, convenceu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a adiar a assinatura do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia.
A negociação vinha sendo conduzida sob pressão, após Lula declarar que o tratado deveria ser fechado “agora ou nunca”.
Meloni e Lula conversaram por telefone na quinta-feira, 18. Na ligação, a premiê italiana pediu “paciência” ao presidente brasileiro. Segundo Berlim, ela argumentou que precisava de tempo adicional para tratar do tema com seu governo e o Parlamento italiano.
“Houve contatos diretos entre Lula e Meloni, e a premiê italiana conseguiu convencer Lula de que ainda precisamos de duas a três semanas”, afirmou Sebastian Hille, porta-voz do chanceler da Alemanha, Friedrich Merz.
O governo alemão é um dos principais defensores da conclusão do acordo com o Mercosul dentro da União Europeia. A assinatura do tratado, prevista para dezembro, foi adiada para janeiro.
O presidente Lula já havia comentado a conversa com Meloni durante uma coletiva à imprensa. Segundo ele, a primeira-ministra explicou que enfrenta pressões internas no setor agrícola, mas que não se opõe ao acordo.
“Ela ponderou para mim que não é contra o acordo, que ela está vivendo um certo embaraço político por conta dos agricultores italianos, mas que ela tem certeza que é capaz de convencê-los a aceitar o acordo”, declarou Lula.
Além da Itália, o tratado ainda enfrenta resistência da França e da Polônia. Os dois países são grandes exportadores agrícolas e temem a concorrência dos países sul-americanos.

































































COSMONAUTA
19 de dezembro de 2025 at 18:27
Viso de Chiappa! Per un’Italia meno fascista