A Itália vive a pior seca em 70 anos, em várias regiões do país. Cinco delas, incluindo o Vêneto e sua capital Veneza incluídos, estão em estado de emergência.
Foram impostas algumas restrições ao consumo de água, em Verona e Pisa, por exemplo. Em algumas cidades não há água durante a noite e outras estão fazendo o abastecimento por meio de camiões pipa.
Após quatro meses quase sem chuva o rio Pó, o mais longo de Itália, bateu recordes em termos do nível das suas águas. A produção de arroz e milho está parada no norte do país. Um custo, estima a Associação Nacional de Agricultores, de mais de 3 bilhões milhões de euros – cerca de R$ 16 bilhões.
Ettore Ferrarini, produtor de gado bovino, explica que implementou um “sistema de ventilação para as vacas para as ajudar a lidar melhor com o calor”. Um investimento de 65 mil euros ao qual se junta o custo da eletricidade. “Os ventiladores funcionam 24 horas por dia”, diz ele.
Há também preocupações crescentes com as centrais hidroelétricas, que geraram cerca de 40 a 50% menos energia, nos últimos meses.
Prevê-se que o verão na Itália seja mais quente e com pouca chuva. O que pode agravar ainda mais a situação das regiões do Vêneto, Emilia-Romagna, Friuli Veneza Giulia, Lombardia e Piemonte.