Quem não se lembra de Gugu Liberato, o saudoso apresentador das tardes de domingo no SBT, com seu quadro “De Volta pra Minha Terra”? Na atração, migrantes recebiam ajuda para deixar São Paulo e retornar à cidade natal.
Neste sábado, 8 de novembro, em Verona, um grupo italiano retoma essa ideia, mas sob outro prisma. O recém-criado Comitê Remigrazione e Reconquista (Comitato Remigrazione e Riconquista) organiza uma manifestação na Piazza Pradaval, às 16h, pedindo o retorno forçado de imigrantes que vivem ilegalmente na Itália.

Remigração como solução para segurança
Formado por movimentos nacionalistas, o comitê defende que a “remigração” seja incorporada como política pública. A proposta envolve o retorno compulsório de estrangeiros indocumentados e de imigrantes condenados judicialmente, alegando que tais medidas devolveriam segurança e dignidade aos italianos.
A cidade de Verona, segundo os organizadores, enfrenta aumento da criminalidade relacionado à presença de estrangeiros, inclusive de segunda geração. “Queremos que esse tema entre no centro do debate político”, afirmou o grupo em comunicado.
De fato, segundo relatório publicado pelo jornal econômico Il Sole 24 Ore, Verona aparece em 19° lugar no ranking das cidades mais perigosas da Itália. Os dados mostram que os crimes de roubo, tanto em casas quanto nas ruas, estão aumentando.

Mobilização com apelo patriótico
O ato em Verona é o primeiro de uma série de mobilizações previstas pelo comitê. O tom da convocação é marcadamente patriótico. “Ainda há italianos que não se rendem”, diz o texto, que convida a população a participar, empunhando bandeiras nacionais.
Apesar da retórica, a proposta de remigração forçada não está presente nos programas dos principais partidos italianos. Pela legislação atual, a expulsão de estrangeiros depende de decisão judicial ou administrativa, respeitando garantias legais.
O comitê promete manter presença nas ruas até que a pauta ganhe destaque político.
* Artigo atualizado em 07/11/2025: Verona aparece na 19ª posição no ranking das cidades mais perigosas da Itália, e não em 8º lugar como havia sido informado anteriormente.























































