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Cidade italiana recebe bebê com sino após década sem nascimentos

Cidade celebra nascimento do 1º bebê em 10 anos com sinos e tradições. Mãe retornou ao vilarejo após anos fora.

Emanuela e Rocco comemoram o nascimento de Libero, o primeiro bebê nascido em Montemitro em uma década | Foto: Ansa
Emanuela e Rocco comemoram o nascimento de Libero, o primeiro bebê nascido em Montemitro em uma década | Foto: Ansa

A pequena cidade de Montemitro, no interior da região de Molise, voltou a ouvir os sinos tocarem por um motivo raro: o nascimento de um bebê. Libero, filho de Emanuela e Rocco, é o primeiro nascido no vilarejo em 10 anos.

Com cerca de 200 habitantes, Montemitro vive uma grave crise demográfica. A população da cidade, que tem origem em uma minoria linguística croata, caiu pela metade nas últimas quatro décadas. Em todo o Molise, foram perdidos cerca de 32 mil moradores desde 2001, devido à baixa natalidade, migração e economia fragilizada.

Emanuela, mãe do recém-nascido, retornou à cidade natal após viver muitos anos em Brescia, no norte da Itália. Ao reencontrar Rocco, amigo de infância, iniciaram um relacionamento, casaram-se em uma cerimônia local e decidiram abrir um açougue, resgatando um antigo ofício da família.

O nascimento de Libero ocorreu na última terça-feira (13), no mesmo dia em que Emanuela completou 40 anos. Em sinal de celebração, os sinos da igreja foram tocados, emocionando a comunidade.

As idosas da vila, segundo a família, têm ajudado na confecção do enxoval do bebê com peças feitas à mão em um tear tradicional ainda em uso.

Para Emanuela, o retorno ao vilarejo mudou sua vida. “Em Montemitro, existe uma verdadeira comunidade. Você nunca está sozinho”, disse à agência ANSA. “É preciso coragem para ficar aqui, mas estamos dando tudo de nós.”

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Além do nascimento, outras mudanças começaram a surgir. Um jovem abriu uma hospedagem no estilo Airbnb e estrangeiros — incluindo israelenses, ingleses e até um norueguês — compraram casas no vilarejo no último ano.

“Esta aldeia faz você sentir saudades de casa porque é bom viver em uma comunidade. Nossa vida é aqui”, concluiu Emanuela.

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