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Cidadania

Vídeo de 2017 mostra Renata Bueno defendendo limite para cidadania

Ex-deputada afirma hoje estar triste com o decreto que restringe a cidadania a filhos e netos, mas vídeo de 2017 revela opinião diferente.

Trecho do vídeo de 2017, em que Renata Bueno sugere a limitação da cidadania por geração | Foto: YouTube/Insieme
Frame do vídeo de 2017, em que Renata Bueno sugere a limitação da cidadania por geração | Foto: YouTube/Insieme

Circula nas redes um vídeo de novembro de 2017, em que a então deputada italiana Renata Bueno, eleita pela União Sul-Americana dos Emigrantes Italianos (USEI), defende a imposição de limites geracionais para o reconhecimento da cidadania italiana por descendência.

Noi abbiamo una rappresentanza Iure Sanguinis, però è già da discutere di mettere un limite di generazione“, diz ela no trecho divulgado, o que pode ser traduzido como: “Temos uma representação por direito de sangue, mas já está na hora de discutir um limite de geração”.

O conteúdo reapareceu dias após o governo italiano aprovar, na sexta-feira, 28 de março, um decreto que restringe a concessão automática da cidadania a apenas filhos e netos diretos de italianos.

Atualmente advogada internacional e presidente do Instituto Cidadania Italiana, Renata Bueno comentou a medida com pesar. Em vídeo recente (assista aqui), disse estar angustiada com a decisão.

“Recebemos essa notícia bomba. […] Isso acabou sendo aprovado e já entrou em vigor. A cidadania continua automática para filhos e netos, mas a partir da terceira geração, como bisnetos e tataranetos, ainda precisamos ver como será o desenrolar”, afirmou.

Segundo ela, a ausência de representantes ativos da América do Sul no Parlamento Italiano contribuiu para o avanço da proposta. “Culpo exclusivamente a ausência de representantes que dizem nos defender”, declarou.

Frame do novo vídeo de Renata Bueno, que agora se posiciona contra o limite de gerações para a cidadania italiana
Frame do novo vídeo de Renata Bueno, que agora se posiciona contra o limite de gerações para a cidadania italiana | Foto: Instagram

Renata foi deputada no Parlamento Italiano, atuando de 2013 a 2018. Após o mandato, fundou o Movimento Passione Italia e tentou a reeleição em 2018 e 2022, sem sucesso.

Artigo atualizado em 09/4/2025 para fazer constar que:

A primeira ítalo-brasileira eleita deputada na Itália foi Ida Matarazzo, nascida em São Paulo em 1905. Ela ocupou uma cadeira na Câmara dos Deputados, em Roma, entre 1953 e 1958. Ao contrário do que declara Renata Bueno, ela não foi a primeira a ocupar esse posto.

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