Depois do sucesso das “casas por 1 euro”, Sicília duplica o preço
Anúncios de venda de “casas por 1 euro” em diferentes cidades da Itália têm sido um grande sucesso. Várias cidades oferecem imóveis com um preço simbólico para facilitar a sua renovação ou evitar o despovoamento.
Agora, a cidade de Sambuca, na Sicília, Itália, aproveitou a jogada de marketing e passou para a “fase B”, “uma espécie de salto em frente”, segundo o site Idealista.
A oferta inclui 15 propriedades na área. O prefeito Giuseppe Caccioppo disse que se trata de uma “área com belas paisagens”, a cerca de 18 quilômetros do mar e próxima de dois aeroportos e da capital provincial, entre outras cidades, “sem falar dos vinhos e da excelente gastronomia que a região oferece”.
“Vamos reproduzir o que fizemos com o primeiro anúncio”, disse o administrador, referindo-se às condições da compra que implicam um depósito de 5 mil euros, quando apresentado o interesse, e um investimento obrigatório na reforma do imóvel, que deverá ser efetuado nos primeiros 3 anos.
As exigências não impediram que o município recebesse, entre 2018 e 2019, cerca de 110 mil chamadas de interessados com apenas 15 domicílios dentro do programa.
Na fase A do projeto em Sambuca, todos os compradores eram estrangeiros.
O município está à espera do momento em que será possível viajar livremente pela Europa e também pelos Estados Unidos para tornar esta nova fase pública.
O anúncio foi adiado por vários meses devido à pandemia de covid-19.
A venda municipal não cria obstáculos e apenas atrai mais clientes para o mercado imobiliário aberto, onde os apartamentos e moradias na Sambuca são oferecidos sem condições especiais na sua remodelação, por um preço muito diferente, que normalmente oscila entre 50 mil e meio milhão de euros.
Abriu o caminho
Depois do sucesso do projeto em Sambuca, várias cidades italianas tiveram iniciativas similares. É o caso de Mussomeli, situado na região da Sicília, a poucas horas de Nápoles. Numa fase inicial, foram colocadas cem habitações para venda, mas estimava-se que entrassem outras 400 para o programa.
Também no sul de Itália, num dos municípios da região da Campania, foram colocadas 15 casas abandonadas para venda. As condições do programa estipulado para Zungoli eram as mesmas, tirando o valor da caução que descia para metade (dois mil euros).
Mas há ainda outro tipo de propostas para atrair habitantes. Molise ofereceu 700 euros por mês durante três anos para quem se mudasse para uma vilarejo. A cidade escolhida não poderia ultrapassar os dois mil habitantes e o recém-chegado teria de se comprometer a abrir um negócio.
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