A Itália ocupa o segundo lugar no ranking mundial de maior incidência de calvície masculina. Segundo dados do World Population Review, 44,37% dos homens adultos apresentam perda de cabelo moderada ou avançada. A taxa fica atrás apenas da Espanha, com 44,5%.
Em um cenário no qual a calvície se torna cada vez mais comum, a ausência de cabelo parece menos um estigma e mais um novo marcador de estilo.
Um fenômeno global e universal
A perda de cabelo é extremamente frequente em todo o mundo. Cerca de quatro em cada dez homens apresentam algum grau de alopecia, e a proporção cresce conforme a idade avança. Depois dos 50 anos, mais da metade dos homens manifesta alopecia androgenética, o tipo mais comum de calvície.
Diferenças entre países são atribuídas principalmente à genética, mas também a fatores hormonais, hábitos de vida, alimentação, estresse, poluição e até percepções culturais que influenciam a forma como a calvície é diagnosticada ou notada.
Homens de origem europeia e norte-americana tendem a ser mais predispostos geneticamente do que populações asiáticas ou africanas.
O ranking mundial da calvície masculina
Os cinco países com maior incidência de calvície são todos ocidentais:
- Espanha: 44,5%
- Itália: 44,37%
- França: 44,25%
- Estados Unidos: 42,68%
- Alemanha: 41,51%
Na outra ponta da lista estão, principalmente, países asiáticos, tradicionalmente menos afetados pela alopecia:
- Indonésia: 26,96% (a menor taxa do mundo)
- Colômbia: 27,04%
- Filipinas: 28%
- Malásia: 29,24%
- Argentina: 29,35%
Curiosamente, algumas nações europeias também aparecem entre as que menos perdem cabelo, como Ucrânia, Dinamarca e Polônia.

Por que tantos italianos ficam carecas?
A alopecia na Itália é influenciada por diversos fatores.
Genética
É o elemento mais decisivo. Homens com histórico familiar de calvície têm maior probabilidade de apresentar queda de cabelo.
Estilo de vida
A rotina cada vez mais estressante, somada à má alimentação e à deficiência de micronutrientes, pode comprometer o ciclo de vida dos folículos capilares.
Ambiente e idade
A poluição e o envelhecimento da população italiana intensificam o quadro. A Itália tem idade mediana de 48,7 anos e 24,7% dos homens acima dos 65 anos, um dos índices mais altos do mundo.
Especialistas ressaltam que a calvície não é uma doença. Em muitos casos, é apenas um sinal de envelhecimento. No entanto, estudos publicados no Journal of the American Academy of Dermatology mostram que até 30% dos homens com alopecia relatam estresse ou ansiedade por causa da aparência.
De imperfeição a assinatura de estilo
A calvície perdeu grande parte do estigma. Celebridades, atletas, executivos e influenciadores adotam o look raspado ou careca total, transformando a falta de cabelo em marca registrada.
Muitos homens que começam a perder fios decidem raspar completamente a cabeça por praticidade e estética. Para alguns, o visual transmite maturidade, confiança e até dominância.
Essa mudança de percepção não ocorre da mesma forma em todos os países, faixas etárias e grupos sociais. No entanto, a exposição constante a mídia, redes sociais e tendências de moda vem redefinindo a ideia de atratividade masculina. A cabeça raspada deixou de ser um problema para se tornar um estilo.





























































