A Itália vai conceder 497.550 vistos de trabalho para estrangeiros de fora da União Europeia entre 2026 e 2028. O anúncio foi feito pelo governo da primeira-ministra Giorgia Meloni nesta terça-feira, 1º de julho.
O objetivo é ampliar as vias legais de imigração para atender à escassez de trabalhadores em setores como agricultura e turismo. Para 2026, está prevista a liberação de cerca de 165 mil autorizações.
Mais da metade dos vistos, cerca de 267 mil, será destinada a trabalhadores sazonais, principalmente para colheitas no campo e atividades no setor turístico.
A Coldiretti, principal entidade do agronegócio italiano, classificou a medida como “passo importante para garantir trabalhadores no campo e na produção de alimentos”.
Por outro lado, a sindicalista Maria Grazia Gabrielli, da central CGIL, criticou o plano. Segundo ela, apenas 7,5% a 7,8% das cotas de vistos foram convertidas em permissões de residência nos últimos dois anos.

Gabrielli também apontou falhas na exigência de prioridade para países que colaboram no combate ao tráfico de pessoas. Ela defende uma reforma estrutural para facilitar contratações legais e proteger trabalhadores de redes criminosas.
