“Não tem interesse cultural’: local pode ser demolido para a construção de um novo estádio
Uma comissão local formada pelo Ministério do Patrimônio Cultural e Atividades e Turismo da Itália não fez qualquer objeção à demolição do estádio Giuseppe Meazza, no bairro de San Siro, em Milão, justificando que o local “não tem interesse cultural”.
A informação é do site italiano “Tuttosport” desta quinta-feira (21).
Em português, a expressão pode causar estranheza, mas em italiano ela é utilizada para definir construções que não guardam aspectos arquitetônicos originais/históricos que justifiquem uma preservação protegida por lei. Algo equivalente a lei de tombamento no Brasil.
Ao avaliar a casa onde jogam Milan e Inter de Milão no último dia 13, a comissão concluiu que não há traços suficientes da origem do local, erguido em 1925. O estádio já passou por três grandes reformas, em 1955, 1990 (a que deu a forma atual) e 2015.
Assim, o local pode ser demolido para a construção de um novo estádio, desejo conjunto das diretorias de Milan e Inter. Inclusive, um dos planos é erguer uma arena moderna (sem pista de atletismo) no mesmo local até 2024.
A nova casa teria investimento das duas equipes e também da prefeitura da cidade. O design deve privilegiar aspectos que sejam em comum aos rivais, além de ter um estilo mais próximo do Duomo de Milão e da Galeria Vittorio Emanuele, dois pontos turísticos da cidade.
O estádio de Milão foi erguido em 1925 no bairro de San Siro (como também é conhecido) pelo Milan, o primeiro proprietário. Mas em 1935 o clube passou a administração do local para a prefeitura da cidade. Foi intitulado Giuseppe Meazza em 1980.
Erguido em 1925
Desde a construção do estádio da Juventus em 2011 (hoje batizado como Allianz Stadium), os clubes italianos passaram a avaliar planos de remodelação ou construção de arenas. O Cagliari, a Fiorentina e a Udinese fizeram isso.
Lazio e Roma também têm ideia de erguer um novo estádio, assim como as equipes de Verona.