O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira, 18, que empresas italianas estão interessadas em formar parcerias com os Correios. A estatal brasileira acumula prejuízos e pode encerrar o ano com um rombo de R$ 10 bilhões.
Em coletiva de imprensa realizada em Brasília, Lula descartou a privatização da empresa. Segundo ele, a solução pode passar por alianças internacionais.
“Eu sei que tem empresas italianas querendo vir aqui discutir com os Correios”, afirmou. “O que pode ter é construção de parcerias com empresas. Enquanto eu for presidente, não vai ter privatização”.
O petista também indicou que o governo pretende agir de forma mais incisiva diante da crise. “Eu não tenho interesse de ter uma empresa estatal tendo prejuízo. O povo brasileiro não tem que ficar pagando prejuízo. Nós resolvemos colocar a mão na ferida e resolver o problema dos Correios”, disse.
Déficit bilionário
Os Correios registraram prejuízo de R$ 633 milhões em 2023. Em 2024, o resultado negativo saltou para R$ 2,6 bilhões. Apenas entre janeiro e setembro de 2025, o rombo chegou a R$ 6 bilhões.
Com esse ritmo, o prejuízo acumulado pode alcançar R$ 10 bilhões até o final do ano.
Diálogo com a Itália
Em outubro, durante visita oficial a Roma, Lula se encontrou com representantes da Poste Italiane, operadora de serviços postais da Itália. A empresa, de capital misto, passou por um processo de recuperação e hoje é lucrativa.
Na ocasião, Lula demonstrou interesse em conhecer melhor a experiência italiana. “Gostaria de conhecer a experiência bem-sucedida deles na recuperação”, afirmou.



























































