O Governo italiano adiou para outubro o arranque da Ita, companhia aérea que vai nascer na Itália na sequência da insolvência da Alitalia, uma vez que o início da operação está dependendo da conclusão das negociações entre o executivo italiano e a Comissão Europeia.
De acordo com declarações de fonte do Governo italiano à France-Press (AFP), a operação da nova companhia aérea “decolará em outubro, respeitando a descontinuidade da sua antecessora e respeitando os acordos com Bruxelas”.
Recorde-se que o executivo italiano tinha anunciado anteriormente que a Ita entraria em operação em agosto, data que foi agora prolongada por dois meses, de forma que seja possível concluir as negociações em curso com a Comissão Europeia e em relação às quais se espera ‘luz verde’ para o plano que vai salvar e relançar a antiga Alitalia.
A Comissão Europeia, que é responsável pela averiguação da conformidade dos auxílios estatais com as regras da concorrência que vigoram em todos os Estados-membros da União Europeia (UE), exigiu um ‘corte’ absoluto com a anterior companhia aérea, o que levou à criação da Ita, com nova marca e logotipo, deixando também de serem aceites os bilhetes emitidos pela Alitalia.
Também são condições impostas pela CE a venda em separado dos serviços de manutenção e terrestres, assim como a transferência dos ‘slots’ de aeroporto.
O plano de reestruturação da companhia aérea prevê ainda a redução da frota para metade – menos de 50 aeronaves – e redução dos funcionários no setor da aviação para menos de 5 mil. Atualmente a empresa possui 11 mil trabalhadores.
Nome igual ao de uma companhia brasileira
Por coincidência o nome ITA é também usado pela Itapemirim Transportes Aéreos, a nova companhia aérea brasileira.