INPS: “Dados sobre mortalidade divulgados pela Proteção Civil não confiáveis”
A Itália teria registado mais mortes pelo novo coronavirus do que o anunciado pelas autoridades.
O país foi durante bastante tempo o epicentro mundial da Covid-19. Até agora foram declaradas mais de 32 mil mortes relacionadas com a pandemia, mas dados do Instituto Nacional de Segurança Social mostram que os óbitos no país foram muito superiores ao declarado.
Em comparação com a média dos últimos quatro anos, o Instituto verificou uma diminuição da mortalidade em janeiro, menos 10 mil mortos.
Mas entre março e abril, quando a pandemia já estava declarada, verificaram-se quase mais 47 mil falecimentos. Veja o estudo aqui.
“A quantificação das mortes por coronavírus, realizada com o número de pacientes falecidos positivos, fornecidos diariamente pelo departamento de Proteção Civil, é considerada não confiável”, diz o estudo do governo.
O registo oficial de mortes por Covid nesse período foi de quase 28 mil. No entanto, o Instituto avança com a forte suspeita de que a peste moderna matou o dobro das pessoas, até porque os óbitos por outros fatores diminuíram devido ao confinamento, como acidentes de automóvel, por exemplo.
A quantificação das mortes por Covid-19 anunciada pelo departamento de Proteção Civil é agora considerada pouco confiável porque tem, também, como base, os testes de Covid realizados nos hospitais, algo menos provável de acontecer quando o óbito se verificava nas residências ou nos lares de mortos da terceira idade.
“Quais são as razões para um aumento adicional de mortes de 18.971, dos quais 18.412 no Norte?”. A pergunta do INSS é mais uma parte da ferida que a Itália tenta fechar.