Vice-presidente da Argentina diz que máfia tem um suposto “componente genético italiano”
Falando na Feira do Livro de La Havana, no último sábado, a vice-presidente da Argentina Cristina Kirchner provocou a ira de milhares de italo-argentinos ao sugerir que os italianos têm a máfia no DNA.
A líder peronista se referiu aos ancestrais italianos de Mauricio Macri, ex-presidente do país, como a causa do suposto comportamento mafioso do ex-presidente.
“Na Argentina, a lei tinha um componente da máfia: ir contra a família. Isso resultou na perseguição dos meus filhos”.
“Um integrante da máfia que provavelmente deve ser causado pelos ancestrais daquele que foi presidente”, disse a vice-presidente.
Assista ao vídeo:
A los que dicen que Cristina Kirchner no dijo en la presentación de su libro en Cuba, que Los descendientes de italianos eran todos mafiosos por herencia genética. Les dejo el video
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— Lanata Forever (@LanatoForever) February 9, 2020
Acusada de chefiar esquemas de corrupção, acobertar atentado terrorista e roubo de documento histórico, a líder peronista deve ser acionada na justiça mais uma vez pela declaração italofóbica.
Dois conselheiros da coalizão política “Juntos pela Mudança”, pediram ao Instituto Nacional Argentino contra a Discriminação (INADI) que investigue as palavras ofensivas da vice-presidente “com o objetivo de processá-la”.
Nesta segunda-feira (10), a Fundação Apollo fez uma representação contra Cristina mencionando que ela violou “as regras da Lei de Ética no Exercício da Função Pública e o Código de Ética da Função Pública”.
Mariano Gazzola, vice-secretário para a América Latina do Conselho Geral de Italianos no Exterior (CGIE), disse estar “triste porque isso ridiculariza e prejudica os italo-descendentes”.
“Não é sobre o que Macri ou Cristina dizem, mas muitas pessoas pensam que os italianos são mafiosos, assim como pensam que os espanhóis são tolos ou judeus dos aproveitadores. É muito ruim conectar a um grupo étnico o que não existe “, falou Gazzola.