Quem não se lembra de Gugu Liberato, o saudoso apresentador das tardes de domingo no SBT, com seu quadro “De Volta pra Minha Terra”? Na atração, migrantes recebiam ajuda para deixar São Paulo e retornar à cidade natal.
Neste sábado, 8 de novembro, em Verona, um grupo italiano retoma essa ideia, mas sob outro prisma. O recém-criado Comitê Remigrazione e Reconquista (Comitato Remigrazione e Riconquista) organiza uma manifestação na Piazza Pradaval, às 16h, pedindo o retorno forçado de imigrantes que vivem ilegalmente na Itália.

Remigração como solução para segurança
Formado por movimentos nacionalistas, o comitê defende que a “remigração” seja incorporada como política pública. A proposta envolve o retorno compulsório de estrangeiros indocumentados e de imigrantes condenados judicialmente, alegando que tais medidas devolveriam segurança e dignidade aos italianos.
A cidade de Verona, segundo os organizadores, enfrenta aumento da criminalidade relacionado à presença de estrangeiros, inclusive de segunda geração. “Queremos que esse tema entre no centro do debate político”, afirmou o grupo em comunicado.
De fato, segundo relatório publicado pelo jornal econômico Il Sole 24 Ore, Verona aparece em oitavo lugar no ranking das cidades mais perigosas da Itália. Os dados indicam aumento nos crimes ligados ao tráfico de drogas e furtos.

Mobilização com apelo patriótico
O ato em Verona é o primeiro de uma série de mobilizações previstas pelo comitê. O tom da convocação é marcadamente patriótico. “Ainda há italianos que não se rendem”, diz o texto, que convida a população a participar, empunhando bandeiras nacionais.
Apesar da retórica, a proposta de remigração forçada não está presente nos programas dos principais partidos italianos. Pela legislação atual, a expulsão de estrangeiros depende de decisão judicial ou administrativa, respeitando garantias legais.
O comitê promete manter presença nas ruas até que a pauta ganhe destaque político.























































