A pequena Castelnuovo del Garda, no norte da Itália, viveu um sábado de dor e comoção com o funeral de Jéssica Stappazzollo, brasileira de 33 anos assassinada a facadas no fim de outubro.
O crime foi cometido por Douglas Reis Pedroso, 41, também brasileiro, que confessou ter matado a ex-namorada com 27 golpes de faca. Ele violou medidas judiciais que o proibiam de se aproximar da vítima, retirando a tornozeleira eletrônica antes do ataque.
A cerimônia foi realizada na Igreja de Santa Maria, sem a presença da imprensa. Participaram os pais e irmãos da vítima, que vieram do Brasil, além de moradores e autoridades locais.
Luto municipal e palavras de solidariedade
O prefeito Davide Sandrini declarou luto municipal e se manifestou durante a cerimônia. “Nos unimos à imensa dor dos familiares. A comunidade é acolhedora e está em luto com eles”, disse.
Dom Luca Rosi e dom Osvaldo Checchini, pároco local e vigário da Diocese de Verona, celebraram a missa. “Nos abraçamos entre lágrimas”, contou dom Osvaldo após conversar com o pai de Jéssica.

Histórico de violência ignorado
Douglas Pedroso já respondia por violência doméstica e era monitorado eletronicamente. O dispositivo, no entanto, foi retirado antes do crime. Ele agora pode ser condenado à prisão perpétua, a pena máxima prevista na legislação italiana para feminicídio.
A advogada da família, Elisabetta Carattoni, afirmou que os investigadores estão finalizando as apurações. “A família está destruída”, declarou.
Mãe de dois filhos
Jéssica deixa dois filhos, um menino e uma menina, frutos de relações anteriores. As crianças não viviam com ela na época do crime.
O assassinato reacendeu o debate sobre a proteção a mulheres em risco na Itália, país que recentemente endureceu as penas para casos de feminicídio.






























































