“Patrulha do pistache” protege plantação de pistache. O quilo custa em média R$ 70
Na Sícilia, pistache vale ouro. A cidade de Bronte produz a espécie mais cara da semente, conhecida como “pistache verde de Bronte”. O quilo custa, em média, R$ 70. Devido ao alto valor do produto, existe um número alto de furtos na época da colheita. Foi assim que a “patrulha do pistache” surgiu.
Em 2009, assaltantes roubaram cerca de 300 quilos do produto, avaliado em cerca de R$ 20 mil. Os criminosos chegaram em vários carros de madrugada e carregaram a maior quantidade de pistache possível.
O fato levou o prefeito de Bronte a solicitar maior proteção poilicial às plantações. Em 2011, os Carabinieri — força policial italiana — colocou mais homens em solo e disponibilizou um helicóptero para vigilância noturna. Este ano, serão seis policiais de dia e doze à noite.
“Uma noite eu estava fechando o portão da minha propriedade, e os carabinieri me pararam, perguntando em voz alta quem eu era e o que eu estava fazendo lá. Eu me senti aliviado por ter a presença deles”, disse o fazendeiro Mario Prestianni à BBC.
Enrico Cimbali, presidente da organização local de comércio Consorzio di Tutela, disse à BBC que existem 230 fazendeiros autorizados dentro da área definida de Bronte, que tem proteção controlada.
Estima-se que o pistache gere 20 milhões de euros por ano para cidade de Bronte. Os produtores da região também processam pistaches de outras regiões do mundo, transformando-os em pastas ou farinhas para uso culinário.
As árvores de pistache só dão frutos a cada dois anos. No caso da Sícilia, em anos ímpares. Em 2017, foram recolhidas 1.250 toneladas, e a espectativa é que este ano a produção seja ainda maior.
Por Agência O Globo