Geada e praga geram a maior queda da produção dos últimos 25 anos
Um dos principais produtos do ‘made in Italy’, e o “óleo” sagrado da mesa do italiano, o azeite azeite extravirgem, está com o dias contados. Literalmente.
Estima-se que as fortes geadas que atingiram o sul da Itália no inicio do ano tenham reduzido em 70% a produção de azeitonas na região. Se não bastasse o fenômeno natural, os olivais estão infectados com a bactéria Xylella fastidiosa, praga bastante comum.
Com isso, mais de 100 mil trabalhadores deixaram de trabalhar. O prejuízo já ultrapassa a marca de € 1,2 bilhão – verdade de R$ 5 bilhões – em todo o setor.
“Uma queda que não se via há 25 anos”, diz Ettore Prandini, presidente da Coldiretti, uma associação dos produtores.
Para chamar a atenção do governo, representantes dos agricultores da região da Puglia, vão ganhar o apoio do “coletes laranja”, para protestarem contra a falta de ação do governo e do Parlamento para socorrerem os produtores.
O porta-voz do movimento, Onofrio Spagnoletti Zeuli, pediu a aprovação de um decreto de urgência para destinar recursos aos oleicultores.
“Também pleiteamos intervenções sérias contra as fraudes e os cartéis que nos obrigam a abaixar os preços do azeite de oliva extravirgem, um dos principais produtos do ‘made in Italy’”, disse Zeuli.
“Após muita conversa fiada, os políticos nos forçam a ir a Roma para fazê-los tomar medidas urgentes em favor de um setor que está de joelhos”, acrescentou. Além da Puglia, o ato deve reunir olivicultores da Sicília, da Calábria, da Campânia, de Abruzzo, do Lazio e da Toscana.
O objetivo é fazer a maior manifestação de produtores de azeite de oliva da história italiana.