O número de estrangeiros residentes em Turim, polo industrial no norte da Itália, atingiu 16,1% da população total em 2024. Os dados são do Observatório Interinstitucional sobre pessoas estrangeiras na área metropolitana, divulgados nesta terça-feira (16).
No último ano, a cidade registrou um aumento de 3.591 estrangeiros. É o maior crescimento em uma década. No mesmo período, a população italiana caiu em 1.565 pessoas.
Principais nacionalidades
A Romênia continua sendo o país com o maior número de cidadãos residentes em Turim, seguida por Marrocos, Peru, China e Egito. Cresceu também a presença de cidadãos de Bangladesh e Paquistão, impulsionada por reencontros familiares e oportunidades de trabalho.
Entre os bairros com maior concentração de estrangeiros estão Barriera di Milano e Falchera, onde vivem 20,6% dessa população. Nessas regiões, destacam-se marroquinos, chineses e egípcios. Já os peruanos preferem a Circunscrição 3, que inclui os bairros de San Paolo, Cenisia e Pozzo Strada. Romenos se concentram em Borgo Vittoria e Lucento.
Perfil etário
A média de idade dos estrangeiros é baixa. Egípcios, nigerianos e bengaleses têm menos de 30 anos em média. No caso de iranianos e chineses, a idade média fica abaixo de 35 anos. Albaneses e peruanos têm média de 37 anos. Marroquinos e romenos, 38 anos.
Apesar do perfil jovem, a proporção de pessoas com mais de 65 anos também cresceu e já representa 6% da população estrangeira em Turim.
Queda na natalidade
O relatório aponta uma queda contínua na taxa de natalidade. Em pouco mais de 20 anos, o índice passou de 22 para 8 nascimentos por mil habitantes na área metropolitana.
Desafios da integração
A 27ª edição do relatório destacou como tema central as “desafios da estabilização”. O estudo foi elaborado com a participação da Prefeitura Metropolitana, da Região Piemonte, da Universidade de Turim, da Prefeitura local e do instituto Ires Piemonte.
Entre os principais obstáculos enfrentados pelos estrangeiros estão o acesso à moradia e ao mercado de trabalho.
Segundo a professora Roberta Ricucci, da Universidade de Turim, a estabilidade também depende de oportunidades qualificadas. “Muitas vezes, os jovens estrangeiros são inseridos rapidamente no mercado, sem que seus talentos sejam considerados”, afirmou.































































