O governo da Itália anunciou nesta quinta-feira, 4 de dezembro, uma ampla reestruturação do Ministério das Relações Exteriores. A proposta prevê a criação de uma estrutura com dupla atuação: política e econômica.
Segundo o vice-premiê e ministro Antonio Tajani, todas as embaixadas italianas passarão a funcionar como plataformas de suporte direto para empresas do país que operam no exterior. O objetivo é garantir que nenhum empreendedor, “pequeno, grande ou médio, se sinta sozinho”.
A nova Farnesina, como é conhecido o ministério, entrará em operação a partir de 1º de janeiro de 2026. Tajani afirmou que se trata de uma “verdadeira revolução” dentro da diplomacia italiana, com foco em promover o crescimento econômico das companhias nacionais.
Desde que assumiu o cargo, em outubro de 2022, o chanceler defende a chamada “diplomacia do crescimento”. O conceito prioriza ações concretas para estimular a internacionalização das empresas italianas.
“O objetivo é que as duas cabeças do ministério se concentrem de maneira coordenada na política e na economia, porque o mundo mudou”, afirmou Tajani. Ele acrescentou que a nova estrutura deve tornar o ministério mais eficiente no acompanhamento de companhias italianas que atuam fora do país.
Além do suporte comercial, a Farnesina também ganhará um departamento especializado em cibersegurança. A nova área terá a missão de prevenir ataques cibernéticos e proteger dados sensíveis de embaixadas e plataformas do governo italiano.
“Teremos uma estrutura organizacional capaz de prevenir ataques a nossos sites e embaixadas”, declarou Tajani, ao citar os riscos da guerra híbrida e a importância da proteção digital.































































