A ex-deputada Renata Bueno afirmou nesta terça-feira, 15, que é falsa a gravação de 2017 que circula nas redes sociais sugerindo que ela defende limitar a cidadania italiana por descendência.
Segundo Renata, o conteúdo tem origem em uma montagem feita por adversários políticos e já havia sido desmentido anteriormente.
“É uma fake news requentada, usada há mais de 10 anos. Nunca fui a favor da limitação da cidadania italiana. Pelo contrário, meu posicionamento sempre foi em defesa da comunidade no exterior”, afirmou.
Circula nas redes um vídeo de novembro de 2017, em que a então deputada italiana Renata Bueno, eleita pela União Sul-Americana dos Emigrantes Italianos (USEI), defende a imposição de limites geracionais para o reconhecimento da cidadania italiana por descendência.
“Noi abbiamo una rappresentanza Iure Sanguinis, però è già da discutere di mettere un limite di generazione“, diz ela no trecho divulgado, o que pode ser traduzido como: “Temos uma representação por direito de sangue, mas já está na hora de discutir um limite de geração”.
Ela criticou duramente os responsáveis pela disseminação do vídeo. “É coisa de bandidagem da internet”, disse. Afirmou ainda que os advogados já estão tratando do caso e que as medidas cabíveis serão tomadas junto às autoridades policiais.
“Não tenho paciência nem estômago para poder ficar lidando com esse tipo de gente. Quem está cuidando disso são os nossos advogados, inclusive encaminhando para polícia para tomar as devidas providências”, diz no vídeo publicado em suas mídias sociais.
Renata ressaltou que um vídeo original, gravado no Parlamento Italiano, comprova sua posição contrária à proposta de restrição. “Eles distorceram completamente minha fala. Eu debatia um projeto que tramitava na Câmara dos Deputados, mas sempre em defesa da comunidade ítalo-brasileira.”
Ela afirma trabalhar com deputados, senadores e representantes da comunidade italiana para encontrar soluções que flexibilizem as novas regras. Entre as propostas em discussão, estão a extensão do direito à cidadania até a quarta geração e a criação de prazos de transição para quem está na fila.
“Sou bisneta, sou tataraneta e, como muitos de vocês, luto por esse grande laço de amor pela Itália”, declarou.