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Itália vota jornada de 32 horas com mesmo salário e folga extra

Parlamento da Itália vota nesta segunda (21) proposta de jornada de 32 horas com dia livre extra e sem corte salarial.

Votação na Itália nesta segunda pode reduzir jornada de trabalho para 32 horas, mantendo salários. Projeto tem apoio de Giuseppe Conte e Elly Schlein | Foto: Roberto Monaldo / LaPresse
Votação na Itália nesta segunda pode reduzir jornada de trabalho para 32 horas, mantendo salários. Projeto tem apoio de Giuseppe Conte e Elly Schlein | Foto: Roberto Monaldo / LaPresse

A Itália discute, nesta segunda-feira (21), a proposta de redução da jornada de trabalho para 32 horas semanais, mantendo os salários inalterados e oferecendo um dia de folga extra.

Se aprovada, a mudança pode entrar em vigor a partir de 2025, alterando o limite atual de 40 horas semanais. A proposta, impulsionada por parlamentares do Partido Democrático, de Elly Schlein, Movimento 5 Stelle, de Giuseppe Conte, e Alleanza Verdi-Sinistra, está sendo avaliada pela Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados.

O projeto prevê um período de transição de três anos, com incentivos econômicos para que as empresas se ajustem gradualmente.

Objetivo da proposta: mais qualidade de vida para os trabalhadores

A principal meta da proposta é melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, proporcionando mais tempo livre sem afetar sua renda. A expectativa é que, com menos horas de trabalho, o estresse diminua, a satisfação aumente e a produtividade cresça como resultado.

Para as empresas, a introdução de uma jornada de 32 horas pode significar menos ausências por motivos de saúde, maior engajamento dos funcionários e redução da rotatividade.

Além disso, a proposta prevê que as empresas que participarem da fase de experimentação recebam incentivos fiscais e contribuições para compensar eventuais custos adicionais ou perdas de produtividade nos primeiros anos.

Como funcionará a nova distribuição das horas de trabalho

Se implementada, a jornada de trabalho reduzida será distribuída em quatro dias, concedendo aos funcionários um dia livre adicional na semana. Essa mudança poderá favorecer o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional dos trabalhadores.

Durante o período de três anos de experimentação, as empresas terão a oportunidade de avaliar os impactos dessa nova jornada e, caso os resultados sejam positivos, a medida poderá se tornar obrigatória em todo o território italiano após essa fase de teste.

O processo legislativo e as fases de aprovação

O caminho para a aprovação dessa proposta já começou e a votação final está prevista para essa segunda-feira, 21 de outubro de 2024, segundo o portal de notícias Fanpage.it.

Caso aprovada, a lei entrará em vigor em 2025, marcando uma transformação significativa na organização do trabalho na Itália. A medida segue o exemplo de outros países que implementaram modelos de jornada reduzida com sucesso.

A jornada de trabalho atual na Itália

Atualmente, a legislação italiana estabelece que a jornada máxima de trabalho é de 40 horas semanais, conforme o artigo 3 do Decreto Legislativo 66 de 2003. No entanto, alguns contratos coletivos e demandas específicas de empresas já adotam horários reduzidos ou flexíveis.

Ainda assim, a implementação de uma jornada de 32 horas representaria uma mudança estrutural de grande escala, com impactos relevantes no mercado de trabalho como um todo.

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