Enquanto a Itália discute, de forma ideológica, regras mais rígidas no reconhecimento de cidadania, Portugal segue uma abordagem prática e tecnológica.
O governo português implementou uma nova plataforma digital com inteligência artificial (IA) para acelerar o trâmite dos pedidos de cidadania, visando aumentar a eficiência e reduzir os longos prazos de espera.
A iniciativa promete aliviar a sobrecarga de processos, especialmente para os milhares de brasileiros que aguardam na fila, melhorando significativamente a capacidade de atendimento.
Automação e IA para acelerar processos e reduzir fraudes
Nesta terça-feira, 1º de outubro, Portugal lançou uma nova plataforma digital que utiliza IA para simplificar os pedidos de cidadania. Essa mudança visa enfrentar a escassez de mão de obra e o elevado volume de processos que afetam milhares de estrangeiros, principalmente brasileiros, no Instituto de Registos e Notariado (IRN).
Com as ferramentas de automação e inteligência artificial, a plataforma promete reduzir drasticamente o tempo de processamento. O IRN estima que, com a digitalização dos documentos e a extração automática de dados, o tempo inicial de atendimento cairá de 2 horas para 1h13m, transformando o que antes era um processo demorado em algo mais ágil.
Além de encurtar prazos, a digitalização dos pedidos visa combater fraudes, garantindo maior precisão na verificação dos documentos e automatizando a classificação dos processos por tipo de pedido.
Agora, o trâmite de atendimento será o seguinte:
- Classificar o processo de forma automática quanto à tipologia do pedido.
- Digitalizar os documentos apresentados logo na entrada do pedido.
- Extrair os dados de identificação com inteligência artificial.
- Inserir automaticamente no sistema.
A presidente do IRN, Filomena Rosa, afirmou que as mudanças podem aumentar em 50% a capacidade de atendimento, ajudando a lidar com a crescente demanda de solicitações.