O governo italiano expressou sua preocupação com a escalada de tensões na guerra em andamento desencadeada pelos ataques do grupo Hamas a Israel. O ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, enfatizou a necessidade de distinguir claramente entre o terrorismo perpetrado pelos militantes do Hamas e o povo palestino em geral.
Esta declaração ocorreu após uma reunião com ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), nesta quinta-feira (12).
Crosetto destacou que “da Otan chega uma mensagem que não poderia deixar de ser de solidariedade após um ato terrorista de violência sem precedentes, deflagrado pelo Hamas, que não deve ser confundido com o povo palestino.”
Esta posição veio em consonância com a União Europeia, que também sublinhou a importância de separar a causa palestina, apoiada pela ajuda humanitária europeia, das ações terroristas do Hamas.
O ministro da Defesa italiano enfatizou a necessidade de evitar uma escalada de tensões na região do conflito, garantindo que pessoas não envolvidas no confronto não sofram.
Questionado sobre um possível compromisso italiano para gerir corredores humanitários em Gaza, Crosetto afirmou que a Itália estaria disposta a se envolver na operação se solicitada, demonstrando a disposição do governo italiano para promover a paz.
O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, condenou veementemente o “massacre indigno de seres humanos” e manifestou o apoio próximo da Itália a Israel. Ele responsabilizou o Hamas por todos os acontecimentos, reforçando a posição de que o grupo é uma organização terrorista.
O ministro do Interior da Itália, Matteo Piantedosi, também tomou medidas para intensificar a cooperação entre as forças de inteligência e policiais, a fim de monitorar a evolução do conflito e seu impacto nos fluxos migratórios, admissões e atendimentos. Ele destacou a atenção renovada às principais zonas de desembarque e centros de acolhimento.
A Itália, juntamente com a comunidade internacional, busca evitar a escalada de tensões e reforçar seu compromisso com a paz, enquanto apoia Israel em seu direito de se defender contra atos de terrorismo.