Os iates de luxo e algumas contas bancárias confiscadas pelas autoridades italianas já passaram da marca dos 140 milhões de euros – cerca de R$ 840 milhões.
Com uma costa habitualmente frequentada pelos milionários, o governo italiano montou operações para confiscar os bens dos oligarcas russos antes que conseguissem fazer os bens sair do país.
Está em curso a adoção de procedimentos de congelamento no território italiano de bens móveis e imóveis propriedade dos russos elencados na lista da União Europeia, explica o ministro da Economia, Daniele Franco, para a agência de notícias italiana ANSA.
O jornal La Repubblica relata também que nesta sexta-feira aconteceu uma operação que envolveu vários carros das autoridades e ainda um barco patrulha para evitar qualquer tentativa de fuga na hora de apreender o iate “Lady M” do oligarca Alexei Mordashov.
A embarcação, batizada com a inicial do nome da esposa do oligarca tem 65 metros e está avaliada em 50 milhões de euros – aproximadamente R$ 300 milhões.
Segundo a Bloomberg, Alexei Mordashov era em 2021 o quarto homem mais rico da Rússia, muito próximo de Vladimir Putin.
Ao mesmo tempo, também o iate “Lena” de Gennady Timchenko, ancorado em Sanremo, foi apreendido. O barco com 40 metros está avaliado também em 50 milhões de euros.
Oleg Savchenko, que tinha o iate avaliado em cerca de três milhões de euros, aportado na Villa Lazzareschi na pitoresca cidade de Capannori, na Toscana, também foi afetado pelas apreensões das autoridades italianas.
O Ministério da Economia e Finanças italiano reuniu o comitê de segurança financeira, depois de um pedido da Banca d’Italia — o banco central italiano — para alinhar os procedimentos, com o objetivo de criar uma task force e garantir as “medidas de congelamento de fundos e recursos econômicos” dos oligarcas russos atingidos pelas sanções decretadas pela União Europeia.