Seis pessoas foram presas nesta terça-feira (9), em Anzio, na província de Roma, acusadas de corrupção e extorsão em práticas de cidadania italiana.
Os supostos envolvidos são a chefe do Gabinete do Estado Civil de Anzio e uma advogada brasileira, segundo o jornal Latina Oggi.
Três outras pessoas estão sendo investigação pelo mesmo crime: um funcionário público de Nettuno, dois mediadores culturais brasileiros e um cidadão italiano, funcionário de um Café.
Todos estão em prisão domiciliar.
A ação
A meticulosa investigação, coordenada pelo Ministério Público de Velletri, durou cerca de cinco meses.
A blitz aconteceu na manhã de terça-feira, pouco antes do fechamento dos escritórios, quando os homens da equipe de investigação invadiram o Estado Civil, e flagraram a oficial enquanto ela recebia um envelope contendo 500 euros das mãos da advogada.
A soma acordada – segundo os investigadores – era para agilizar o processo de obtenção da cidadania italiana.
As duas foram detidas, apesar de ambas terem tentado justificar a quantia contida no envelope.
A investigação
Nos últimos meses, os agentes suspeitaram do fato de os candidatos à cidadania italiana no Município de Anzio serem, em sua maioria, brasileiros.
Seguindo os passos dos envolvidos, os investigadores chegaram primeiro a Anzio e depois a Nettuno, onde novas investigações estão em andamento.
Durante as operações, sob o comando do procurador-geral adjunto Giuseppe Travaglini, foi apreendida uma grande quantia em dinheiro no escritório da advogada.
As investigações, no entanto, não estão concluídas. A polícia fará uma reconstrução meticulosa dos documentos apreendidos, incluindo as declarações de residência de mais de 600 brasileiros, que em poucos meses obtiveram a cidadania italiana de forma irregular, segundo o Ministério Público italiano.