O cobiçado prêmio de companhia aérea mais pontual ficou com a Alitalia, em 2020. O ranking foi elaborado pela FlightStats, empresa americana que organiza mensalmente a lista das principais companhias aéreas mundiais.
Os números confirmam: 93,2% dos voos da Alitalia pousaram dentro do prazo. O desempenho da operadora, portanto, parece ter melhorado significativamente em comparação com os períodos anteriores.
Em 2018 e 2019, e Alitalia foi, de fato, eleita a segunda companhia aérea mais pontual da Europa e, respectivamente, a oitava e a sétima em nível mundial.
No entanto, em 2020 ela conseguiu arrancar um recorde cobiçado, mesmo em um momento de crise: acabou por ser a companhia aérea mais pontual da Europa e a terceira companhia aérea mais pontual do mundo.
Para mostrar a pontualidade da aeronave, a empresa recorre à metodologia “A14”, ou seja, possui uma tolerância de 14 minutos na chegada em relação ao tempo de pouso previsto.
“Estamos particularmente orgulhosos deste resultado, que veio em um ano que poderíamos definir como uma tempestade perfeita devido ao nível de estresse sem precedentes e imprevisíveis para a indústria do transporte aéreo”, disse Giuseppe Leogrande, diretor da Alitalia.
Menos aeronaves no ar
A concorrência para a Alitalia foi bem menor em 2020. No geral, a aviação foi particularmente afetada pela Covid-19, com restrições legais às viagens somadas à falta de interesse em voar por parte dos passageiros.
Observando os demonstrativos de resultados do terceiro trimestre de 2020, produzidos pela IATA, a Associação Internacional de Transporte Aéreo, fica claro até que ponto as companhias aéreas foram prejudicadas.
As chegadas de aviões de passageiros na América do Norte caíram 48% em relação ao ano anterior, de acordo com dados de dezembro divulgados pela empresa de análise de aviação Cirium. A América Latina foi apenas um pouco melhor, com 46% abaixo.
Os números da Europa, por sua vez, foram arrasadores: mais de 70% abaixo na comparação com o ano passado. Mesmo na região da Ásia-Pacífico (que controlou a pandemia melhor do que outras regiões), as chegadas caíram 30%.
No final de outubro, os números eram ainda mais sombrios: os voos internacionais haviam caído 75% no comparativo anual, de acordo com a Cirium (embora os voos domésticos fossem melhores, com queda de 36% globalmente).
Conforme a segunda onda da pandemia se espalhou pelo mundo, as companhias aéreas tomaram medidas drásticas para cortar custos, incluindo a redução do número de aeronaves, a desativação de frotas inteiras e o corte de rotas.