Itália deverá ter vacina disponível até o fim do ano, mas assunto é polêmico
O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, disse na noite de ontem que a futura vacina contra o coronavírus Sars-CoV-2 não será obrigatória.
O premiê foi questionado sobre o assunto durante um evento organizado pelo site Affari Italiani em Ceglie Messapica, no sul do país.
“Não acredito que [a vacina] deva ser obrigatória, mas certamente será colocada à disposição da população”, afirmou.
Conte ainda disse que espera ter uma vacina disponível até o fim do ano, embora as previsões da comunidade científica sejam apenas para 2021, o que já seria um feito inédito.
A questão da obrigatoriedade na vacinação é um tema polêmico na Itália, um dos países mais atingidos pela pandemia do novo coronavírus no mundo, com cerca de 250 mil casos e pouco mais de 35 mil mortes.
Em 2017, o governo do então primeiro-ministro Paolo Gentiloni, de centro-esquerda, aprovou uma lei que tornou obrigatória a vacinação de crianças em idade escolar, mas o projeto enfrentou bastante resistência, inclusive do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), partido que indicou Conte ao cargo de premiê.
Por Agência Ansa