‘The New Pope’, série que acaba de estrear no Brasil, satiriza a corrupção no Vaticano e os cardeais pedófilos.
No ar desde 17 de abril no Brasil, no canal Fox Premium, “The New Pope” segue provocando a Igreja Católica, ao pintar o Vaticano do jeito que o diabo gosta.
Na lista de “pecados”, um papa narcisista e bronzeado passeia por uma praia veneziana usando apenas uma sunga branca, ao lado de mulheres de biquíni que o cobiçam. À noite, freiras de camisolas ainda dançam sensualmente sob luzes estroboscópicas diante do crucifixo gigante e fluorescente do monastério, como se estivessem em uma boate.
A sátira extravagante do diretor italiano Paolo Sorrentino brinca com a vaidade e arrogância papal, a corrupção no mais alto escalão do Vaticano, a homossexualidade de padres, o assédio sexual entre freiras e até com cardeais pedófilos em busca de perdão.
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“Se é engraçado, por que, não? Não existem tabus ou limites na minha imaginação”, contou o diretor napolitano de 49 anos, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro com “A Grande Beleza” (2014), ao desdenhar da alta sociedade romana.
Não incomoda Sorrentino o fato de o Vaticano condenar o retrato burlesco da Igreja na série. O “Observador Romano”, o jornal da cidade do Vaticano, reclamou da “frivolidade ao tratar dos dogmas da fé católica” e do “olhar cáustico sobre a cúria do Vaticano”. O autor do texto, o teólogo espanhol Juan Manuel de Prada, também identificou “perfídia” na abordagem do diretor.
Com informações de Elaine Guerini / Neo Feed