A senadora italiana Raffaella Paita, coordenadora nacional do partido de esquerda Itália Viva (IV), provocou polêmica ao caracterizar a maternidade como um “atraso constrangedor“.
Suas críticas foram direcionadas à colega senadora Lavinia Mennuni, do partido Irmãos da Itália (FdI), que recentemente defendeu que a maternidade deveria ser a principal aspiração das mulheres.
Mennuni expressou em uma rede social que “a primeira aspiração das garotas deve ser a maternidade”, argumentando que há uma necessidade e uma missão em trazer crianças ao mundo, que se tornarão os futuros cidadãos italianos.
Para Paita, mãe de Francesco, as palavras de Mennuni refletem ideias de um passado obscurantista.
Já a deputada Chiara Appendino, representante do partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), questionou a alegada nostalgia do FdI pela civilização medieval. “Por que o FdI tem essa nostalgia pela Idade Média?”, indagou a ex-prefeita de Turim
A disputa política em torno das perspectivas sobre a maternidade continua a se intensificar no cenário italiano, enquanto o país enfrenta o menor número de nascimentos em sua história. Em 2022, a Itália registrou apenas 393 nascimentos.
A primeira-ministra Giorgia Meloni já enfatizou que combater a queda crônica na natalidade é uma “prioridade absoluta” do governo.