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Sem imigrantes, economia da Itália e de Portugal pode parar, alerta sociólogo

Sem imigrantes, economias de Itália e Portugal correm risco de colapso, diz Pedro Góis, da Universidade de Coimbra.

Europa admite: sem imigrantes, economias como a italiana e portuguesa travam, diz Pedro Góis, da Universidade de Coimbra, em entrevista ao podcast O Mundo a Seus Pés.
Europa admite: sem imigrantes, economias como a italiana e portuguesa travam, diz Pedro Góis, da Universidade de Coimbra, em entrevista ao podcast O Mundo a Seus Pés.

A economia europeia, em especial a italiana e a portuguesa, não consegue funcionar sem trabalhadores estrangeiros. A afirmação é do sociólogo Pedro Góis, da Universidade de Coimbra, em entrevista ao podcast O Mundo a Seus Pés, do jornal português Expresso.

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Segundo o pesquisador, a crise demográfica afeta diretamente a capacidade produtiva dos países e coloca em risco setores estratégicos. “A economia europeia, italiana, portuguesa não vive sem trabalhadores. Se a demografia falha, a solução passa pelos imigrantes”, afirmou Góis.

Itália enfrenta hoje uma forte pressão econômica provocada pelo envelhecimento da população, queda na taxa de natalidade e emigração de jovens. O impacto já é visível no mercado de trabalho e no sistema de pensões, que, segundo estudo do Observatório de Contas Públicas, está “em risco de colapso”.

Apesar do discurso anti-imigração da primeira-ministra Giorgia Meloni e de Matteo Salvini, da Lega, o próprio governo reconheceu a necessidade de atrair estrangeiros. Em junho, anunciou a emissão de 500 mil vistos de trabalho para cidadãos de fora da União Europeia entre 2026 e 2028. Em novembro, flexibilizou regras para descendentes de italianos em países como o Brasil.

Para Pedro Góis, trata-se de uma estratégia seletiva que busca reduzir resistências internas. “Há aparentemente esta sensação de que afinidades culturais do passado são mais facilmente e rapidamente integráveis”, explicou.

Atualmente, cerca de 9% da população italiana é composta por estrangeiros. O número cresceu pouco em uma década: passou de 4,6 milhões em 2013 para 5,4 milhões em 2025. O relatório do Observatório indica que o país precisará receber de 10 a 13 milhões de imigrantes até 2050 para manter seu equilíbrio econômico.

Portugal, segundo o sociólogo, enfrentava desafios semelhantes, mas conseguiu suprir boa parte das necessidades do mercado de trabalho ao acolher centenas de milhares de imigrantes nos últimos anos.

“Setores como construção, agricultura, indústria e pescas dependem diretamente da mão de obra imigrante. Se não há trabalhadores internos, ou se importa mão de obra, ou se fecha o setor. E fechá-los não é uma opção viável”, afirmou.

O episódio foi conduzido por Mara Tribuna, com edição técnica de João Luís Amorim. O Mundo a Seus Pés é o podcast semanal da editoria Internacional do jornal Expresso.

2 Comentários

1 Comentário

  1. COSMONAUTA

    15 de dezembro de 2025 at 15:40

    HAAhHAhaAhHAhAHHAhHAHahaHAhHAH. tb, só que saber de fumar, fica broxa e não consegue fazer filho. Se tiver filho ele vai migrar para Alemanha, França, Reuno Unido e Suiça.

  2. COSMONAUTA

    15 de dezembro de 2025 at 15:41

    Não vote em quem odeia vc. Italina Piu Fascista: Fratelli d”Italia, Lega NORD e FORZA Italia

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