Siga o Italianismo

Olá, o que deseja procurar?

Italianismo – Notícias sobre a ItáliaItalianismo – Notícias sobre a Itália

Economia

Meloni diz que assinar acordo Mercosul-UE agora seria “prematuro”

A Itália jogou água fria na assinatura do acordo Mercosul-União Europeia ainda em 2025.

Com apoio da Itália, acordo Mercosul-UE deve ficar para 2026
Com apoio da Itália, acordo Mercosul-UE deve ficar para 2026.

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou nesta quarta-feira (17) que considera “prematuro” assinar o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia ainda em 2025. Segundo ela, o texto final ainda precisa de ajustes para garantir salvaguardas ao setor agropecuário europeu.

O posicionamento reduz a probabilidade de que o tratado seja formalizado durante a cúpula do Mercosul, marcada para o próximo sábado (20), em Foz do Iguaçu.

Ponto-chave é a proteção ao setor agrícola

Em audiência na Câmara dos Deputados, Meloni explicou que Roma aguarda a apresentação de um “pacote de medidas adicionais” antes de aprovar o texto. “É necessário esperar que o pacote de medidas adicionais para proteção do setor agrícola seja aperfeiçoado e, ao mesmo tempo, apresentado e discutido com nossos agricultores”, disse.

A chefe de governo, no entanto, demonstrou confiança em relação ao futuro do acordo. “Estou muito confiante de que, com o início do ano que vem, todas essas condições serão atendidas”, declarou, indicando que a aprovação pode ocorrer em 2026.

Resistência interna na União Europeia

Para entrar em vigor, o tratado precisa do apoio de pelo menos 15 dos 27 países da União Europeia, representando 65% da população do bloco. França e Polônia já se posicionaram contra a versão atual do texto e contavam com a Itália para evitar sua ratificação neste ano.

O governo italiano defende maior reciprocidade nas exigências sanitárias e trabalhistas. Entre os pontos sensíveis estão o uso de pesticidas e antibióticos permitidos no Mercosul, mas proibidos na UE.

“Somos favoráveis ao acordo, mas é preciso ver o que se pode e o que se deve corrigir nas cláusulas de salvaguarda para alguns setores do mundo agrícola”, disse o vice-premiê Antonio Tajani.

O ministro da Agricultura, Francesco Lollobrigida, reforçou a posição: “Aquilo que é imposto aos nossos produtores deve ser garantido nos produtos que chegam”.

Pressão brasileira

Na véspera, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia cobrado diretamente Meloni e Emmanuel Macron, presidente da França, sobre o andamento das negociações. “Espero que eles tragam a boa notícia de que vão assinar o acordo e que não vão ter medo de perder competitividade com o povo brasileiro”, afirmou Lula.

Clique para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais sobre este tema

Cotidiano

Sem imigrantes, economias de Itália e Portugal correm risco de colapso, diz Pedro Góis, da Universidade de Coimbra.

Cotidiano

UE aprova criação de centros de retorno fora do bloco e reforça controle migratório.

Cotidiano

Entenda por que a direita italiana não reagiu ao caso Zambelli, segundo análise divulgada pela CNN Brasil.

Cotidiano

Confira os resultados das eleições regionais na Itália, com vitórias da esquerda no sul e da direita no norte.