A Prefeitura de Roma estuda limitar o número de visitantes na Fontana di Trevi, um dos monumentos mais populares da “cidade eterna” e palco recorrente de infrações por parte de pessoas que tentam nadar na fonte ou furtar suas moedas.
“Estamos cogitando a hipótese de tornar a Fontana di Trevi visitável sob reserva e com número limitado, uma hipótese muito concreta e que decidimos estudar e aprofundar porque a situação está se tornando tecnicamente muito difícil de gerir”, disse o prefeito da capital italiana, Roberto Gualtieri, de centro-esquerda.
A ideia já havia sido lançada em 2023 pelo secretário de Turismo de Roma, Alessandro Onorato, que voltou a falar no assunto nesta semana.
O plano seria criar um sistema de acesso contingenciado para visitar a Fontana di Trevi, imortalizada por Anita Ekberg e Marcello Mastroianni em “A Doce Vida”, de Federico Fellini. As reservas seriam gratuitas para romanos e custariam um euro (R$ 6,26) para turistas.
“Há um acúmulo de pessoas que torna difícil a visitação adequada ao monumento, que frequentemente é fonte de degradação. Trata-se de estudar a solução técnica melhor para administrar os fluxos de turistas”, acrescentou Gualtieri.
Outras cidades italianas também vêm adotando medidas para frear os efeitos nocivos do turismo de massa nos últimos anos.
No primeiro semestre, Veneza testou um sistema de reservas a pagamento para entrar no seu centro histórico, medida que pode se tornar definitiva no ano que vem, enquanto Florença proibiu novos Airbnbs na zona tombada pela Unesco como patrimônio da humanidade. (ANSA)